NOÇÕES DE
HEBRAICO
Introdução
Em
primeiro lugar gostaríamos de esclarecer que o motivo que nos leva a
disponibilizar, neste material, informações básicas sobre o idioma hebraico,
não é a de formar especialistas neste idioma, senão apenas familiarizar o visitante
deste site com este idioma, de modo a despertar seu interesse ao aprofundamento
no conhecimento da verdade escritural, cujos fundamentos são hebraicos.
O conhecimento de hebraico não é fundamental para a nossa salvação, visto que ninguém é salvo por conhecer hebraico, mas é muito importante, principalmente se levarmos em conta que as traduções que chegaram até nós, seja em português ou em qualquer outro idioma, contêm corrupções graves por tendências religiosas deste ou daquele tradutor, ou entidades religiosas com interesses próprios.
O conhecimento do hebraico, mesmo que básico e superficial, já nos alarga sobremodo nossos horizontes de visão para uma melhor compreensão das escrituras, e abre os nossos olhos para enxergarmos com clareza onde e porque podemos estar sendo enganados por distorções, ou mesmo mentiras inseridas voluntariamente pelos que manuseiam as escrituras com intenções indignas. Embora hajam muitos textos traduzidos erroneamente, com fortes tendências religiosas por parte de seus tradutores, o que mais sofreu com as traduções foram os NOMES próprios, sejam de pessoas ou de lugares. E o mais grave de tudo isso, foram as adulterações causadas aos Nomes mais sagrados: do Criador, de seu Filho, o Messias, e do Consolador, o Espírito da Verdade.
O conhecimento de hebraico não é fundamental para a nossa salvação, visto que ninguém é salvo por conhecer hebraico, mas é muito importante, principalmente se levarmos em conta que as traduções que chegaram até nós, seja em português ou em qualquer outro idioma, contêm corrupções graves por tendências religiosas deste ou daquele tradutor, ou entidades religiosas com interesses próprios.
O conhecimento do hebraico, mesmo que básico e superficial, já nos alarga sobremodo nossos horizontes de visão para uma melhor compreensão das escrituras, e abre os nossos olhos para enxergarmos com clareza onde e porque podemos estar sendo enganados por distorções, ou mesmo mentiras inseridas voluntariamente pelos que manuseiam as escrituras com intenções indignas. Embora hajam muitos textos traduzidos erroneamente, com fortes tendências religiosas por parte de seus tradutores, o que mais sofreu com as traduções foram os NOMES próprios, sejam de pessoas ou de lugares. E o mais grave de tudo isso, foram as adulterações causadas aos Nomes mais sagrados: do Criador, de seu Filho, o Messias, e do Consolador, o Espírito da Verdade.
Prossigamos
então para o primeiro contato com o idioma hebraico, lembrando sempre que nossa
intenção é fornecer o básico, sem pretensão de formar especialistas, não sendo
este o propósito principal deste site.
A primeira informação que os principiantes em hebraico desejam é, sem dúvida, conhecer o alfabeto hebraico ou "alefbets". Os caracteres hebraicos são, realmente, bem diferentes dos caracteres ocidentais, mas com pouco tempo conseguimos nos acostumar com eles, quando então passam a ser lidos sem necessidade de recorrermos a tabelas de consulta.
Você ficará surpreso de só encontrar consoantes no "alefbets", porém mais adiante falaremos sobre isso.
Vamos então ter nosso primeiro contato com os caracteres hebraicos.
A primeira informação que os principiantes em hebraico desejam é, sem dúvida, conhecer o alfabeto hebraico ou "alefbets". Os caracteres hebraicos são, realmente, bem diferentes dos caracteres ocidentais, mas com pouco tempo conseguimos nos acostumar com eles, quando então passam a ser lidos sem necessidade de recorrermos a tabelas de consulta.
Você ficará surpreso de só encontrar consoantes no "alefbets", porém mais adiante falaremos sobre isso.
Vamos então ter nosso primeiro contato com os caracteres hebraicos.
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O que é BEGADKEFAT ?
Begadkefat é o nome usado para o conjunto de 6(seis) consoantes que podem ou não ter a sua pronúncia aspirada. São elas: "BÊT", "GUÍMEL", "DÁLET", "KAF", "PÊ" e "TAV". Em verdade, o som aspirado se representa colocando-se um "h" após a letra, resultando em:
Bh (V), Gh, Dh, Kh, Ph (F) e Th
Estas letras, quando apresentadas da forma simples acima, são aspiradas. Quando não são aspiradas, então devem receber um ponto médio interior para representar uma pronúncia não aspirada. Note que não são consoantes adicionais ao "alefbets", mas sim as mesmas seis consoantes já apresentadas, que possuem sons diferentes dependendo das palavras em que são usadas. Assim, confira na tabela abaixo as formas aspiradas e não aspiradas destas 6(seis) consoantes:
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Volto a lembrar que estas não são seis consoantes adicionais, mas apenas as mesmas consoantes que recebem o ponto médio interior, denominado "dáguesh lene".
Mas onde estão as vogais?
No hebraico arcaico, mais antigo, não existiam vogais na escrita, de forma nenhuma. Apenas as pessoas aprendiam o som de cada palavra e inseriam na leitura o som das vogais destas palavras. Repetindo: os sons de vogais existiam, é claro, mas não havia representação escrita destes sons, senão apenas das consoantes das palavras.
Imagine que você, desde o início de sua alfabetização, tenha aprendido a escrever a palavra "computador" assim: "CMPTDR". Então quando você encontrasse esta palavra "CMPTDR" num texto, você leria em voz alta "COMPUTADOR", inserindo todas as vogais que não estariam presentes na escrita.
Assim era o hebraico arcaico até a época dos massoretas. A partir deste grupo denominado massoretas, houve uma preocupação de que o hebraico pudesse ser esquecido totalmente e ninguém mais soubesse como se pronunciavam as palavras. Foi então criado um sistema de sinais, chamados de "SINAIS MASSORÉTICOS", para indicar e memorizar as vogais no idioma hebraico, de modo que a perda da cultura, que eles temiam, não acontecesse.
Desta feita, o hebraico moderno conta com um sistema de sinais massoréticos com a finalidade de indicar a pronúncia das vogais. Tal sistema, se por um lado ajudou a preservar a pronúncia original das palavras, por outro foi um terrível instrumento de corrupção, uma vez que uma utilização errada de tais sinais, perpetuaria o erro para todas as gerações futuras. Mais adiante falaremos sobre alguns exemplos destes.
A ortografia do hebraico
Em primeiro lugar é necessário aprendermos como se lê um livro escrito em hebraico, como por exemplo, as Sagradas Escrituras Hebraicas.
Normalmente ao abrirmos um livro escrito em alguma linguagem ocidental, a lombada fica à esquerda e folheamos as páginas virando-as da direita para a esquerda.
Quando abrimos, por exemplo, uma Bíblia Hebraica, a lombada deverá ficar à direita, e folhearemos as páginas da esquerda para a direita.
A escrita hebraica é feita da direita para a esquerda, a partir da primeira linha superior, e descendo linha a linha. Há uma inversão de lateralidade em relação à escrita ocidental.
Em segundo lugar, é preciso entendermos que em hebraico não existem vogais, mas apenas consoantes, embora algumas destas consoantes, eventualmente atuem com o som de vogais.
Duas destas consoantes são especialmente usadas para vogais, e em si não possuem som algum, senão o som de vogal que adquirem dependendo da palavra em que estão. Estas consoantes são o ÁLEF (primeira letra do "alefbets" hebraico) e o ÁYIN.
Relembre abaixo como é a forma quadrática destas duas letras:
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Denomina-se forma quadrática ao tipo de letra usado para imprensa, aquela que não é manuscrita. Os caracteres hebraicos quadráticos são os que primeiramente trataremos aqui.
Outra letra hebraica que pode assumir sons de vogais é o VÁV, porém esta letra tem o seu som próprio quando não está sendo usada como vogal. O VÁV, quando é usado com o seu próprio som, corresponde ao nosso "V" como em "VALE".
Relembre abaixo como é a forma quadrática da letra VÁV, correspondente, como consoante, ao nosso "V":
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Em hebraico não existe diferença de letras maiúsculas e minúsculas na escrita. O mesmo tipo de letra é usado para começar uma frase, para um nome próprio ou dentro das palavras. Portanto não existem letras maiúsculas e minúsculas, mas apenas a forma natural das letras onde quer que elas se encontrem.
As formas finais
Embora o hebraico não utilize letras maiúsculas ou minúsculas na sua escrita, há um fator peculiar para 5(cinco) letras específicas, quando as mesmas se encontram no final de qualquer palavra. Estas cinco letras, no final de uma palavra, apresentam forma diferente, chamada de forma final ou "SOFIT".
Veja na tabela abaixo as formas normais e finais destas cinco letras:
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Classificação das consoantes quanto à fonética.
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Observe que a consoante RÊSH é, ao mesmo tempo, gutural e lingual.
Os sinais massoréticos
Como vimos anteriormente, os sinais massoréticos não faziam parte do hebraico arcaico, originalmente, tendo sido criados numa época em que havia temor de que a língua hebraica caísse no esquecimento e se tornasse impossível saber como as palavras eram pronunciadas. Como efeito disso, pronúncias puderam ser alteradas também, bastando que alguém por falha ou por tendência religiosa inserisse o massorético errôneo.
Os sinais massoréticos, em sua maioria, são colocados abaixo das letras, mas alguns também são colocados acima ou na linha média da letra.
Vamos então conhecê-los:
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Em hebraico existem vogais LONGAS, BREVES e SEMIVOGAIS. Para melhor entendimento, precisaremos explicar alguns dos massoréticos.
Qamatz - O massorético "qamatz" possui um som de vogal que é considerado como "A" para muitos, mas que de fato possui um som de "A" oco, fechado para "O". Não é um som que possua representação em português, visto que em português não possuímos nenhuma vogal com esse som. Por isso, apesar da vogal "qamatz" estar apresentada na vogal "A", seu som seria melhor representado por "AO". Na realidade não são duas vogais e nem dois sons, mas um único som de vogal que, por não possuírmos vogal correspondente em português, a melhor forma de representar é utilizando "AO", porque ao pronunciarmos "AO" rapidamente, o som resultante é o som entre "A" e "O" da vogal "qamatz". Alguns autores se referem ao "shevau qamatz" como "qamatz qaton". O "shevau qamatz", também chamado de "qamatz qaton" é um "AO" tão breve que sua pronúncia é praticamente de "O", em vez de "A". O "qamatz" é a primeira vogal usada tanto no Nome do Criador, YAOHUH (IÁORRU), como no Nome do Messias, YAOHUSHUA (IAORRÚSHUA), conforme as figuras abaixo:
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Os Nomes do Criador, YAOHUH (IÁORRU), e do Messias YAOHUSHUA (IAORRÚSHUA), acima, apresentam mais três vogais: o "Vav Shúreq" (U longo), o "Qibuts" (U curto) e o "Patar" (A curto), sobre as quais falaremos a seu tempo.
Patar - É a vogal "A" breve. É usada sob a letra AYIN final do Nome do Messias YAOHUSHUA (IAORRÚSHUA).
Shevau - Este massorético foi inventado para representar uma semivogal ou "vogal esvaída". Para entendermos tal coisa, devemos pensar nas palavras "advogado" ou "adjetivo", em português. Nestas palavras, após o "d", há, de fato, uma "vogal esvaída", que não é nem escrita, mas que é pronunciada por um tempo muito pequeno. Há pessoas que pronunciam erradamente a palavra como "adevogado", como se ali houvesse uma vogal. Este conceito de semivogal é importante de ser bem entendido, para uma perfeita pronúncia das palavras que contêm o massorético "Shevau" ou seus compostos.
Quando o "Shevau" aparece ligando uma consoante à outra, na mesma sílaba, ele é pronunciado como "E" bem curto, mas é vocálico ou sonoro. Um bom exemplo para este caso é a palavra "mnemônico" em português. Se usássemos massoréticos em português, certamente esta palavra receberia um "Shevau" vocálico entre o "m" e o "n" iniciais. O mesmo é válido para a palavra "pneu", que muitos pronunciam erradamente como "peneu".
Quando o "Shevau" aparece no final de uma sílaba, ele é pronunciado extremamente curto, e não é transliterado, mas atua de forma "secante" na palavra, causando uma pausa como se a palavra tivesse sido dividida em duas palavras. Novamente as palavras "advogado" e "adjetivo", em português, servem de exemplo para este caso, pois é como se pronunciássemos duas palavras "ad-vogado" ou "ad-jetivo". Se usássemos os massoréticos em português, estas duas palavras certamente receberiam o "Shevau" secante.
Shevau-Patar, Shevau-Segol e Shevau-Qamatz - Quando o massorético "Shevau" estiver sob uma consoante gutural (álef, áyin, hê, khêt ou rêsh), ele deve ser representado precedido pelo sinal de uma vogal longa ou breve (qamatz, patar ou segol).
Hireq Gadol e Hireq Qaton - A forma longa da vogal "I" é representada pelo Hireq Gadol, que é composto de um ponto sob a consoante que precede a letra YOD. A forma curta da vogal "I" é representada pelo Hireq Qaton que é apenas um ponto sob uma consoante. Além disso, a própria letra YOD, embora consoante, apresenta som de "I" e, eventualmente, "E".
IMPORTANTE: Quando falamos sobre sinais massoréticos, esclarecemos que são sinais ADICIONADOS à escrita hebraica, e que não faziam parte do hebraico original. Assim, no caso do Hireq Gadol, somente o ponto é, de fato, um sinal massorético. O YOD que aparece depois dele, existiria do mesmo jeito numa escrita onde os sinais massoréticos estivessem ausentes.
Roulem e Vav Roulem - Estas são duas formas de "O" longo. O Vav Roulem é a representação da letra VAV com um ponto sobre ela, apresentando som de "O" longo por natureza. Este é o caso em que o VAV atua como "O" e não como "V". O ponto superior pode também ser usado em palavras onde não há o VAV mas que possuem, contudo, a pronúncia da vogal "O".
IMPORTANTE: Quando falamos sobre sinais massoréticos, esclarecemos que são sinais ADICIONADOS à escrita hebraica, e que não faziam parte do hebraico original. Assim, no caso do Vav Roulem, somente o ponto é, de fato, um sinal massorético. O VAV que aparece sob ele, existiria do mesmo jeito numa escrita onde os sinais massoréticos estivessem ausentes.
Vav Shúreq e Qibuts - São as representações longa e curta, respectivamente, da vogal "U". O Vav Shúreq faz parte do Nome do Criador, YAOHUH (IÁORRU), e também do Nome do Messias, YAOHUSHUA (IAORRÚSHUA). O segundo "U" do Nome do Messias é representado por um massorético Qibuts, por ser curto.
IMPORTANTE: Quando falamos sobre sinais massoréticos, esclarecemos que são sinais ADICIONADOS à escrita hebraica, e que não faziam parte do hebraico original. Assim, no caso do Vav Shúreq, somente o ponto na linha média é, de fato, um sinal massorético. O VAV que aparece com o ponto em sua linha média, existiria do mesmo jeito numa escrita onde os sinais massoréticos estivessem ausentes.
Algumas
palavras para nos familiarizarmos...
Vamos agora aprender algumas palavras em hebraico de modo a nos acostumarmos com o alefbets e também adquirirmos um pouco de vocabulário. Porém, antes disso, alguns esclarecimentos são necessários:
Vamos agora aprender algumas palavras em hebraico de modo a nos acostumarmos com o alefbets e também adquirirmos um pouco de vocabulário. Porém, antes disso, alguns esclarecimentos são necessários:
- A
letra hebraica GUIMEL (G) em hebraico não possuirá o som da letra
"G" em português como na palavra "GENTE". O som do
GUIMEL hebraico é sempre como na palavra "GATO" em português. Na
palavra "GENTE" o "G" está com som de "J",
som este que não existe em hebraico. Assim, o GUIMEL com o massorético
HIREQ (I), formará GUI, como em Guilherme e não GI como em Gilda.
- A
letra hebraica "PÊ", dependendo da palavra, pode ter som de
"F", quando então a chamamos de "FÊ".
- A
letra hebraica "VAV", dependendo da palavra, pode ter som de
"V", de "O", ou de "U". Quem está acostumado
a ler sem o auxílio dos sinais massoréticos reconhecerá facilmente quando
for o caso de cada um destes sons, mas no nosso estudo usaremos os sinais
massoréticos para facilitar a leitura.
- A
letra hebraica "RÊSH" que corresponde ao nosso "R",
não deve ser lida como um "R" inicial, como na palavra
"RUA", mas sim, como um "R" intermediário, como na
palavra "CARO".
- A
letra hebraica "RÊ", que é transliterada como o nosso
"H", deve ser pronunciada como o "R" de
"RUA", ou o "H" de "HOUSE" em inglês. Quando
no final de uma palavra ela não possui som.
- A
letra hebraica "RÊT", que transliteramos como "KH",
possui um som parecido com o "RÊ", embora seja mais fortemente
gutural. É pronunciada como um "R" inicial fortemente gutural
(arranhado). Muitos transliteram o RÊT usando "CH", o que causa
confusão ao estudante, porque o "CH" é utilizado em português
com seu som próprio e que é bem diferente do som do RÊT hebraico. Assim,
só transliteraremos como "KH" ou mesmo como "R",
conforme melhor se aplicar.
- A
letra hebraica "SHIN" é pronunciada como "SH", que em
português possui o mesmo som do "CH". Esta mesma letra também
pode ter o som de um simples "S", quando então é denominada
"SIN". O "SHIN" receberá um ponto superior à direita,
enquanto o "SIN" receberá um ponto superior à esquerda (considerando
que utilizemos as pontuações).
- As
letras QÔF e KAF (Q e K) têm sons semelhantes. Podem ser transliteradas
como "C", desde que o som seja como o da palavra
"CASA". Em português o "C" é usado às vezes com som de
"S", como na palavra "CEIA", e nesse caso não serve
para representar os sons do QÔF ou do KAF. Embora o "K" não faça
parte do alfabeto português, é de conhecimento geral o seu som, e podemos
utilizá-lo para transliterar o KAF. Podemos também transliterar o QÔF como
a própria letra Q, lembrando que em hebraico não é necessário usar a letra
"U" após o Q para formar "QUI", como na palavra
"AQUI" ou "QUE", como na palavra "AQUELE".
Em hebraico bastaria escrever "AQI", sem o "U", ou
"AQELE". Na palavra "AQUI" ou "AQUELE" o
"U" não é de fato pronunciado, mas é somente exigência da
ortografia da língua portuguesa.
- As
letras "ALEF" e "AYIN" não possuem nenhum som, mas
servem para "suporte" de sinais massoréticos de vogais, uma vez
que um sinal massorético deve sempre estar associado a uma letra.
Vamos
então conhecer nossas primeiras palavras em hebraico:
As palavras abaixo têm somente a finalidade de familiarizar você com a escrita hebraica e com o uso dos sinais massoréticos e suas pronúncias. Quando presentes em uma frase suas formas podem variar, em especial os verbos, conforme estudaremos em parte posterior deste material. Não usaremos aqui transliterações literais, mas transliterações fonéticas, que facilitam a pronúncia para o estudante de língua portuguesa.
As palavras abaixo têm somente a finalidade de familiarizar você com a escrita hebraica e com o uso dos sinais massoréticos e suas pronúncias. Quando presentes em uma frase suas formas podem variar, em especial os verbos, conforme estudaremos em parte posterior deste material. Não usaremos aqui transliterações literais, mas transliterações fonéticas, que facilitam a pronúncia para o estudante de língua portuguesa.
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Aprendendo
a divisão de sílabas
Como regra básica, cada sílaba só pode conter uma única vogal, seja ela breve ou longa (Gadol ou Qaton), mas pode também conter uma semi-vogal Shevau, Shevau-Patar, Shevau-Segol ou Shevau-Qamets. Assim, no máximo uma vogal e uma semi-vogal.
Cada sílaba pode ter uma ou mais consoantes, mas apenas uma vogal, e, adicionalmente quando for o caso, um Shevau simples ou composto.
Alguns exemplos:
Como regra básica, cada sílaba só pode conter uma única vogal, seja ela breve ou longa (Gadol ou Qaton), mas pode também conter uma semi-vogal Shevau, Shevau-Patar, Shevau-Segol ou Shevau-Qamets. Assim, no máximo uma vogal e uma semi-vogal.
Cada sílaba pode ter uma ou mais consoantes, mas apenas uma vogal, e, adicionalmente quando for o caso, um Shevau simples ou composto.
Alguns exemplos:
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Uma sílaba pode terminar por vogal ou por consoante, contudo, como regra geral, nunca começa por vogal. Quando a sílaba termina por consoante que não seja ÁLEF e nem AYIN (consoantes mudas), e além disso, não for a última sílaba da palavra, então esta consoante deve receber um Shevau, que irá atuar como um divisor de sílabas. Este é o caso da palavra MITZ-VAH apresentada acima, que recebe um Shevau sob o TSADE que é consoante sonora final da primeira sílaba.
O que é uma sílaba aberta? E uma sílaba fechada?
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Sílaba aberta é a que termina em vogal, ou com as consoantes ÁLEF ou RÊ. As demais sílabas, terminadas por consoantes que não sejam ÁLEF ou RÊ, são sílabas fechadas. |
Veja alguns exemplos:
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Aprendendo a conjunção "E".
A conjunção "e", como nas expressões "homem e mulher", ou "pai e mãe", ou ainda "irmão e irmã", é representada pela letra VAV adicionada ao início da segunda palavra, como se nós escrevêssemos assim: "homem emulher", "pai emãe", ou "irmão eirmã".
Esse VAV, na maioria das vezes, terá o som de "V" e mais uma vogal que irá depender da palavra à qual ele está sendo adicionado. Poderá ser "VE", "VA" ou "VI". Contudo, poderá também ter o som puramente de "U", e não mais de "V".
Em que casos cada uma dessas formas se aplica?
"VE" (VAV com Shevau) é usado quando a primeira sílaba da palavra à qual se unirá não é tônica. Além disso, a primeira sílaba não deve possuir uma semivogal inicial.
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"VA" (VAV com Qametz) é usado quando a primeira sílaba da palavra à qual se unirá é a sílaba tônica. Além disso, a primeira sílaba não deve possuir uma semivogal inicial.
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"VA" ou "VE" resultantes de VAV com a vogal correspondente à semivogal inicial da palavra. Pode ser um VAV com Qamets (VA), caso a primeira semivogal seja um Shevau-Qamets; pode ser um VAV com Segol (VE), caso a primeira semivogal da palavra seja um Shevau-Segol; e também pode ser um VAV com Patar (VA), caso a primeira semivogal da palavra seja um Shevau-Patar.
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"VI" (VAV com Hireq) é usado quando a palavra à qual se unirá começar por YOD com Shevau vocálico.
"U" (VAV Shureq) é usado quando a palavra à qual se unirá começar por consoante labial ou por um Shevau sonoro.
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Aprendendo
o uso do artigo
Em hebraico, quando um artigo precede uma palavra, ele vem junto à palavra do mesmo modo que acontece na conjunção "e". Os artigos definidos em português são o, os, a e as. Em hebraico, se escrevermos "o cavalo", será como escrevermos "ocavalo" em português, com o artigo unido à palavra que ele define.
O artigo definido antes da palavra "cavalo" transmite a idéia de "o cavalo" (definido), mas a palavra "cavalo" sem o artigo transmite a idéia de "um cavalo" (indefinido). Os nomes próprios dispensam o artigo, uma vez que já são, por natureza, definidos.
Vejamos então como é formado o artigo em hebraico: O artigo em hebraico é formado sempre pela letra RÊ (H), aplicando-se o massorético adequado para cada caso de pronúncia e de ortografia.
Podemos encontrar as seguintes formas:
Em hebraico, quando um artigo precede uma palavra, ele vem junto à palavra do mesmo modo que acontece na conjunção "e". Os artigos definidos em português são o, os, a e as. Em hebraico, se escrevermos "o cavalo", será como escrevermos "ocavalo" em português, com o artigo unido à palavra que ele define.
O artigo definido antes da palavra "cavalo" transmite a idéia de "o cavalo" (definido), mas a palavra "cavalo" sem o artigo transmite a idéia de "um cavalo" (indefinido). Os nomes próprios dispensam o artigo, uma vez que já são, por natureza, definidos.
Vejamos então como é formado o artigo em hebraico: O artigo em hebraico é formado sempre pela letra RÊ (H), aplicando-se o massorético adequado para cada caso de pronúncia e de ortografia.
Podemos encontrar as seguintes formas:
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Vejamos alguns exemplos para podermos visualisar melhor o uso correto do artigo em hebraico:
Exemplos do primeiro caso:
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Você reparou que o artigo não se alterou quando a palavra estava no singular ou no plural? Sim, o artigo não se altera quanto a número (singular/plural) ou gênero (masculino/feminino). Isto também acontece no idioma inglês onde "o menino" é "the boy" e "a menina" é "the girl". Mesmo artigo "the" para masculino e feminino. Do mesmo modo "the boy" ou "the boys" (o menino/os meninos) usam o mesmo artigo definido para singular e plural. Na lingua portuguesa sim, os artigos flexionam como o, os, a, as, mas não em hebraico. |
Exemplos do segundo caso:
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Note que as consoantes iniciais dessas palavras são RÊ, RÊT ou AYIN, e possuem sob elas o massorético QAMETZ ou um SHEVAU COMPOSTO. |
Exemplos do terceiro caso:
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Note que a consoante inicial destas palavras são ALEF, AYIN ou RÊSH. Até aqui você pode perceber que a palavra não sofreu nenhuma mudança ao receber o artigo definido. |
Para encerrar esta parte do estudo do artigo definido, vamos estudar o caso em que a palavra sofrerá variação quando receber o artigo. Este caso se dá quando a palavra for começada por ALEF, AYIN ou RÊ, sendo esta primeira sílaba a sílaba tônica.
Exemplos de alteração na palavra pela junção com o artigo:
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O estudo das partículas
(bet, kaf
e lamed)
Estas partículas são largamente utilizadas em hebraico e são de especial
importância para o entendimento e leitura de textos. Por isso vamos aqui
analisar tais partículas, demonstrando caso a caso, conforme se aplicarem.
As partículas como preposições inseparáveis
Em hebraico, possuímos preposições do mesmo modo que no idioma
português. Algumas são denominadas "inseparáveis", porque estão
unidas às palavras que precedem, do mesmo modo que o artigo e a conjunção
"e" (VAV conjuntivo).
As preposições inseparáveis são compostas, cada uma, de uma consoante,
cada uma delas com um massorético que depende da palavra que a preposição
precede, dentro do mesmo conceito já estudado anteriormente para a conjunção e o
artigo. A forma comum é com shevau simples, mas veremos também as outras.
Memorize-as como "bet kaf lamed". Veja na tabela abaixo as formas das
preposições inseparáveis e seus casos com exemplos de utilização:
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Outros usos das partículas
(bet, kaf
e lamed)
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Uso da partícula
(lamed)
1) Introdução do complemento indireto, em especial quando é adicionado
ao complemento direto, como: dar algo "a alguém".
2) Introdução do genitivo (caso da posse), como:
(Salmo de
Daud). Não distingue com precisão entre posse ou autoria.
3) Com formas passivas de verbos introduz o sujeito da frase, como:
estudadas
por,
abençoado
por,
ser feito
por.
4) Com verbos que indicam direção no espaço, como:
voltar a,
subir
para,
descer
para,
caminhar
para, vir a, deportar para, ou no tempo, como:
até a
manhã,
até a
ceifa.
5) Expressa finalidade ou destino, como: para mal, para bem, para seu agrado, para meu esplendor.
6) Formação de advérbios. A particula forma advérbios quando anteposta a substantivos, como: pacificamente, suavemente, fielmente, do mesmo modo que a partícula Bet apresentada anteriormente.
7) Formação de gerúndio. Quando anteposta ao infinitivo de uma verbo forma o gerúndio, como: fazendo,
dizendo,
lutando.
8) Em composição com outras palavras vem a formar preposições e conjunções, como:
por que?,
por isso,
para que,
diante
de,
segundo
o(a),
sem,
fora de,
debaixo
de,
em cima de.
2) Introdução do genitivo (caso da posse), como:
3) Com formas passivas de verbos introduz o sujeito da frase, como:
4) Com verbos que indicam direção no espaço, como:
5) Expressa finalidade ou destino, como: para mal, para bem, para seu agrado, para meu esplendor.
6) Formação de advérbios. A particula forma advérbios quando anteposta a substantivos, como: pacificamente, suavemente, fielmente, do mesmo modo que a partícula Bet apresentada anteriormente.
7) Formação de gerúndio. Quando anteposta ao infinitivo de uma verbo forma o gerúndio, como: fazendo,
8) Em composição com outras palavras vem a formar preposições e conjunções, como:
Masculino
e feminino
Em hebraico podem haver formas bem diferentes para o masculino e o feminino, mas também podem ser formas onde apenas o sufixo difere. Do mesmo modo que em português temos, por exemplo, "homem" e "mulher", como palavras bem diferentes, temos também "menino" e "menina", apenas com variação na terminação da palavra.
Vejamos alguns exemplos de cada caso:
Em hebraico podem haver formas bem diferentes para o masculino e o feminino, mas também podem ser formas onde apenas o sufixo difere. Do mesmo modo que em português temos, por exemplo, "homem" e "mulher", como palavras bem diferentes, temos também "menino" e "menina", apenas com variação na terminação da palavra.
Vejamos alguns exemplos de cada caso:
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"Rakhel" é o nome da esposa de Yaohukáf nas escrituras. Pronuncia-se "rarrel", sendo o primeiro "R" pronunciado como na palavra "caro". A palavra "shor" refere-se genericamente a animais bovinos, independente de sexo ou idade. Pode ser boi, touro, vaca, novilho, res, bezerro, terneiro. A especificação, quando existe, é determinada pelo contexto. A palavra "par" refere-se a novilho, bezerro. "Shor" é comumente usado para "boi", conforme Êxodo 20:17, Êxodo 21:28, 1 Shamuul 12:3 e outros textos. Aqui você pode observar que "parah" possui o sufixo feminio singular que veremos abaixo, mas é bem diferente de "shor" em sua forma. A palavra "baqar", comumente traduzida como "bois", na realidade é uma forma coletiva, sendo melhor traduzida por "gado graúdo", "reses".
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Singular e plural
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Há palavras em hebraico que só ocorrem na forma plural. Um exemplo disso é "shamayim" (pode-se traduzir como céu ou céus). Essa forma plural admite a tradução singular, contextual, embora a forma de grafia e pronúncia seja especificamente plural.
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