PAI E FILHO COMPARTILHAM O MESMO NOME:

PAI E FILHO COMPARTILHAM O MESMO NOME:
"NÃO HÁ SALVAÇÃO EM NINGUÉM MAIS!".

sábado, 3 de março de 2012

1 KEFA


CARTA GERAL/CATÓLICA

PRIMEIRA EPÍSTOLA DE PEDRO



INTRODUÇÃO


Visão geral
Autor: O apóstolo Pedro.
Propósito: Encorajar os messiânicos perseguidos e confusos a permanecerem unidos e firmes na fé.
Data: 60-68 d.C.
Verdades fundamentais:
Os messiânicos têm o maravilhoso privilégio de ver a grande salvação de Yahu em
YahuShúa.
O privilégio da salvação
traz consigo diversas responsabilidades importantes.
Os messiânicos devem ser santos, amar profundamente uns aos outros e consagrarem-se à
glória de Yahu.
Os relacionamentos
dentro e fora da Igreja devem ser mantidos de acordo com os padrões do
Mashiach, e não de acordo com
os padrões do mundo.
Os messiânicos devem encarar o sofrimento como seguidores do Mashiach da perspectiva
correta. (Quando tentamos levar seu Nome VERDADEIRO [para o conhecerem]...!!!
E. somos maltratados.....{Jo 17,11.12.26; Mt 6,9; Js 1,1; Mt 1,1; Atos 4,12!}).
Anselmo. 23/08/11


Propósito e características
Pedro escreveu para encorajar os messiânicos perseguidos e confusos e para exorta-los a ministrarem na fé (5,12). Por
esse propósito, ele repetidas vezes volta os pensamentos dos messiânicos para a alegria e glória de sua herança (1,3-13; 3,7; 4,13-14; 5,1.4.6.10)
e os instrui sobre como comportar-se corretamente em meio ao sofrimento não
merecido (4,12-19). Conquanto destinados principalmente aos messiânicos perseguidos, os princípios ensinados por Pedro aplicam-se a todos os messiânicos que sofrem, independentemente da causa, desde que o sofrimento não seja
ocasionado pelo próprio pecado da pessoa. Com base nessa epístola, Pedro tem sido chamado com justiça de “o
apóstolo da esperança” (cf. 1,3.13.21; 3,5.15). O impulso exortativo de toda a
epístola pode ser resumido na fórmula “confiar e obedecer” (4,19; cf. 2,23).



A primeira Epístola de
Pedro não desperta muito a atenção dos teólogos, porque não contém
desenvolvimentos doutrinais e também porque não traz ensinamento característico
com relação ao conjunto do Novo Testamento. O que mais se conservou dela é o
trecho sobre o “sacerdócio régio” e o que menciona a pregação do Mashiach nos infernos. Quanto aos mais, é fácil demonstrar o parentesco da epístola com os
sinóticos, com os discursos dos Atos e as exortações morais de Paulo. Contudo,
esta convergência da nossa epístola com escritos de formas tão diversas não
teria, talvez, algo a nos ensinar a respeito da catequese do período apostólico
e sobre o essencial da vida messiânica? Atualmente muitos comentadores estão
convencidos disso; eis a razão pelo qual o estudo desta epístola vem, desde
vários anos, suscitando um renovado interesse entre os especialistas.

Os destinatários. A epístola contém poucas indicações que
permitam a identificação precisa dos seus destinatários. É endereçada aos messiânicos que se encontram em cinco províncias romanas da Ásia Menor, “os eleitos
que vivem como estrangeiros na dispersão” (1,1). Originalmente, este termo
“dispersão” ou “diáspora” se aplicava aos judeus que residiam fora da
Palestina, o que permitiria supor, à primeira vista, que aqui se trate de
judeu-messiânico. Na realidade, esse termo é muito
provavelmente empregado simbolicamente para indicar os messiânicos dispersos no mundo (cf. 2,11), de origem majoritariamente pagã. Com
efeito, a alusão ao seu antigo modo de vida correspondente melhor a ex-gentios
do que a judeus (1,14.18; 4,3).Todavia, eles já estavam familiarizados com a Sagrada Escritura, como prova o uso freqüente de citações do
Antigo Testamento na epístola.
As comunidades a que se
destinava a epístola tinham, na sua maior parte, sido fundadas durante a missão
paulina ou seja, se não diretamente pelo próprio Paulo, ao menos por seus
colaboradores que se espalharam pelas diversas províncias da Ásia Menor, a
partir dos principais centros (cf. o exemplo de Epafras, que levou o Evangelho
para Colossos, Cl 1,7). Na epístola, a organização dos ministérios é menos
elaborada do que nas epístolas pastorais e se amolda melhor a uma época
relativamente antiga da vida da Igreja primitiva; mencionam-se apenas os
anciãos (5,1-4) e, indiretamente, os diáconos (cf. 4,11, nota). Com relação à
condição social, os membros dessas comunidades, de modo geral, deviam ser
humildes, como atesta a passagem especialmente desenvolvida sobre o modo de se
comportarem os servos ou escravos (2,18-25).

Autor, data e lugar de composição. Tendo presentes os dados da epístola, o autor
é Pedro, “apóstolo de Yahushúa o Mashiach” (1,1), “ancião”, “testemunha dos
sofrimentos do Mashiach” (5,1), que escreveu sua carta “por meio de Silvano”
(5,12), tendo junto a si Marcos, seu “filho” (5,13). A atribuição da epístola
ao apóstolo Pedro é confirmado pela tradição: a segunda epístola de Pedro, um
dos escritos mais tardios do Novo Testamento, já dá testemunho disso (2Pe 3,1);
mais tarde, Irineu, Tertuliano e Clemente de Alexandria apontam o apóstolo
Pedro como autor desta epístola. A isto tudo acresce o fato que, segundo o
historiador Eusébio, Pápias atesta, nos inícios do século II, uma relação
estreita entre o apóstolo Pedro e Marcos, autor do segundo evangelho (cf.
também At 12,12).
Todavia, um grupo de
especialistas pôs em dúvida a autoridade petrina da epístola. Eis os principais
argumentos que apresentam, com as respostas que se lhes podem dar:
A) O grego da epístola é de tal qualidade, que parece difícil atribuí-la a Pedro,
pescador galileu. A afirmação de que Pedro teria escrito seu texto em aramaico,
fazendo-o depois traduzir para o grego por alguém (Silvano, 5,12), não resolve a
dificuldade. Com efeito, custaria explicar, neste caso, por que as citações do
AT, na epístola, são todas, sem exceção, tiradas diretamente do texto grego do AT. Mas o argumento não é decisivo. Tem-se advertido, de um lado, que
o grego era comumente usado na Palestina no tempo de
Yahushúa, como atestam documentos recentemente descobertos; assim sendo, Pedro
podia muito bem ter conhecido esta língua. De outro lado, Pedro pôde contar com
a colaboração de Silvano na redação de seu texto, o que permite explicar a boa
qualidade do estilo.
B) Tem-se alegado ainda o paralelismo
impressionante entre algumas idéias da epístola e a teologia paulina.
Mencionemos apenas alguns exemplos: o uso da imagem veterotestamentária da
pedra de tropeço (1Pe 2,4-8 e Rm 9,32-33), a exortação à submissão às
autoridades (1Pe 2,13-17 e Rm 13,1-7), ou ainda o emprego da fórmula “em
Maschiyah” (3,16; 5,10.14). Entretanto, uma passagem como Gl 2,11-14 não
tornaria totalmente improvável uma influência do paulinismo sobre o pensamento
de Pedro? Para dizer a verdade, as semelhanças que se podem aduzir entre a
epístola e os escritos paulinos explicam-se facilmente pela existência de um
fundo catequético comum na Igreja primitiva, fundo este utilizado tanto por
Pedro como por Paulo. No que diz respeito ao incidente de Antioquia referido
por Gl 2,11-14, a bem dizer, ele não atesta uma oposição teológica entre os
dois apóstolos: o que Paulo censura a Pedro é a sua atitude numa circunstância
particular, e não sua teologia.
C) Em 1 Pedro não se revela nenhum conhecimento direto de Yahushúa
terrestre, como no-lo apresentam os evangelhos. Seu ouvir só fala de modo geral
dos sofrimentos e da morte de Maschiyah, e silencia completamente noções
centrais do ensinamento de Yahushúa (por exemplo “o filho do homem”, “o reino
do Eterno”). Pedro, que fora discípulo tão achegado a Yahushúa, não se teria
exprimido de outra maneira? Não se teria referido com mais precisão à
experiência vivida ao lado do seu mestre? A isto se responde citando toda uma
série de textos da epístola, que refletem palavras pronunciadas por Yahushúa
(1,8 e Jo 20,29; 2,2 e Mc 10,15 par.; 2,12 e Mt 5,16; 2,23 e Mt 5,39; 3,9 e Lc
6,28; 3,14 e Mt 5,10; 5,3 e Jo 13,15-17; cf. 2,25 e Mt 9,36). Além disso,
muitas destas palavras vêm de contextos diretamente ligados à pessoa de Pedro (p.
ex. 5,2 e Jo 21,15-17; 1,4.13 e Lc 12,33.35.41). Faça-se especialmente tal
comparação quanto ao tema do servo sofredor na epístola. Este tema, cuja origem
remonta ao livro de Isaías (52,13 – 53,,12), é manifesto tanto nos evangelhos
(Lc 22,37 e Is 53,12), como nos discursos de Pedro (At 3,13.26; cf. 4,27.30) e
na nossa epístola (2,21-25). Convenhamos que não se deve exagerar o alcance
real desses cotejos, pois bem circularam na Igreja coleções de palavras de
Yahushúa. Mas bastam para provar que o argumento baseado na “ausência de
recordações diretas do Mashiach terrestre” é muito discutível.
D) A epístola aludiria às primeiras perseguições oficiais generalizadas (e
não apenas locais), que não se poderiam situar antes do reinado do imperador
Domiciano (81 a 96 d.C.), portanto, muito depois da morte de Pedro (4,12 e
5,9). Esta opinião é igualmente contestável. Antes de mais nada, é preciso
observar que o estado de espírito refletido pela epístola é muito diferente
daquele do Apocalipse, no qual o Estado é apresentado com evidência como
perseguidor: Nada há parecido em 1 Pedro, que continua ensinando o respeito às
autoridades, já inculcado em Romanos (1Pe 2,13-17 e Rm 13,1-7), enfatizando
particularmente seu papel positivo (2,14). Acrescente-se a isto o fato de que a
epístola não emprega “os termos técnicos da ‘perseguição’, ...nem os de
processo, tribunal, acusação...porém emprega vocábulos teológicos: a
tentação-prova, os sofrimentos injustamente suportados por causa da justiça”.
Seguramente se trata simplesmente “dos vexames, criticas zombarias, procedimentos
injustos, delação, ostracismo... de que foram vítimas os messiânicos desde o princípio por parte dos seus concidadãos gentios ou antigos
correligionários” (C.
Spicq), o que não nos impediria, absolutamente, de fazer remontar a epístola a
uma época relativamente antiga, quando ainda vivia o apóstolo Pedro. [PARTICULARMENTE,
EU SINTO ISSO NA PELE...!] GRIFO MEU. ANSELMO ESTEVAN. 23/08/11.
(ZOMBARIA....ETC.).
Em suma, as objeções
contra a atribuição da epístola a Pedro não são decisivas. Pode-se manter a
datação tradicional. Pedro teria confiado a Silvano a redação de uma carta
circular de encorajamento, pouco antes da perseguição de Nero (64 d.C.).
Entretanto, o estudo da situação histórica e do desenvolvimento do messianismo favorece mais a hipótese que situa a epístola num período não muito
distante do martírio de Pedro, cerca de 70-80. Um discípulo residente em Roma
teria redigido esta mensagem de exortação para manter viva a tradição do
apóstolo e alentar as comunidades messiânicas dispersas.

Gênero literário, unidade e escopo da
epístola. A atenção de numerosos
críticos tem sido despertada pelas alusões ao batismo que aparecem, em
particular, nos três primeiros capítulos da epístola. Além disso, alguns
julgaram poder distinguir uma mudança de atmosfera a partir de 4,12: os
sofrimentos já não são considerados qual mera possibilidade, mas, como realidade atual (4,12;
5,9; cf. 2,20; 3,14.17). Com
fundamento em tais constatações, têm sido emitidas várias hipóteses a respeito
do gênero literário e a unidade da epístola, encarecendo principalmente sua
origem litúrgica. Uns pensam que ela reproduz uma liturgia batismal (1,3 –
4,11), à qual se teria ajuntado um escrito mais tardio, destinado a confirmar
os batizados na fé (4,12 – 5,14). Outros não dão maior importância às
diferenças notadas entre 1,3 – 4,11 e 4,12 – 5,11, e consideram 1,3 – 5,11 como
uma homilia batismal, à qual se teria conferido a caráter de uma epístola pelo
acréscimo de 1,1-2 e 5,12-14. Por fim, pretendeu-se ver em 1 Pedro uma liturgia
da semana pascal.
Estas hipóteses, porém,
esbarram em várias objeções: a unidade de vocabulário e de estilo da epístola
torna improvável a existência de duas componentes de origem diferente. O
endereçamento e a conclusão têm ligações claras com o corpo da epístola
(“estrangeiros”, 1,1 e 2,11, cf. 1,17: a exortação, tema da epístola, 5,12 e
2,11). Além disso, a ação de graças (1,3-9) e o “código” de moral messiânica (2,13 – 3,7) contribuem para reforçar a convicção de que 1 Pedro foi
deveras concebida como uma epístola. Verdade é que houve quem estranhasse a
ausência de dados pessoais sobre o autor e os destinatários; isto, porém, pode
ser explicado pelo fato de a epístola provir de quem goza de autoridade na Igreja,
apesar de não ter sido o fundador das comunidades às quais se dirige. Quanto à
mudança de perspectiva constatada a partir de 4,12, convém não enfatizar demais
sua importância, pois os sofrimentos já são considerados como atuais em 1,6.
Por outro lado, a grande variedade de tentativas de reconstituição de uma
liturgia ou de uma liturgia batismal partindo do texto da epístola prova a
natureza muito instável da hipótese. Ajuntem-se a isto dois fatos: não se
encontra nenhuma menção clara à cerimônia do batismo na epístola (ao contrário
de textos como Rm 6,3-4; Cl 2,12; Tt 3,5), a não ser uma única vez e, ainda
assim, numa passagem de valor tipológico (3,21); além disso, não se vê no texto
indício de qualquer progressão que permita reconstituir as etapas de uma
cerimônia batismal (o verbo grego, p. ex., que alude ao novo nascimento em 1,23
já é empregado em 1,3; cf. 1,3 nota).
Portanto, não há como
pôr em dúvida a natureza epistolar e a unidade de 1 Pedro. A epístola está
solidamente enraizada em toda uma tradição catequética comum à Igreja
primitiva. O final (5,12) lhe define exatamente o escopo: exortar e fortalecer
na fé messiânica cujo zelo corria o risco de esmorecer, e cuja
coragem estava sendo posta à prova por diversas tribulações. Neste intuito, o autor
se refere a ensinamentos que esses
messiânicos já tinham ouvido por
ocasião da sua conversão e do seu batismo.


Conteúdo da epistola. Não é possível fornecer um plano lógico da
epístola. Isto se deve à natureza particular deste escrito, no qual as exortações
vêm constantemente entremeadas de elementos doutrinais destinados a
justifica-las e reforça-las. De modo geral, o imperativo – a exortação –
precede o indicativo – a declaração doutrinal -, que dá suporte a esta
exortação (ao contrário das principais cartas paulinas, nas quais uma primeira
parte doutrinal, com o indicativo referindo-se àquilo que os messiânicos já possuem em Yahushúa – o Mashiach, é seguido de uma segunda parte
exortativa, com o imperativo convidando-os a viver de modo digno daquilo que
receberam). Quando muito, pode-se admitir uma progressão na exortação, se se
considerar que a atualidade da ameaça se torna clara a partir de 4,12. O
conteúdo da epístola pode ser apresentado da seguinte maneira:

Endereçamento e
saudação: 1,1-2.
Ação de graças (à guisa
das bênçãos judaicas, cf. Ef 1,3-14), que se prolonga mediante uma reflexão
sobre a revelação do plano da salvação 1,3-12.
Primeira exortação,
dirigida a messiânicos de origem pagã, para convida-los a romper
definitivamente com seu antigo modo de viver: 1,13 – 2,10.
- Apelo a uma vida de
santidade, precisamente por causa da esperança que o Mashiach nos
conquistou: 1,13 – 2,10.
- Alguns conselhos sobre
a vida comunitária: 1,22 – 2,3.
- Fundamento
doutrinal: se o ETERNO escolheu os messiânicos para
fazer parte do templo espiritual, cujo fundamento é O UNGIDO, foi para que eles
proclamassem aos altos feitos daquele que os chama à luz: 2,4-10. (indiscutivelmente
saber seu NOME) grifo meu. Yah – YHVH – YahuShúa! SALVAÇÃO At 4,12!
Segunda exortação:
2,11 – 3,12.
- Declaração geral a
respeito da conduta que se deve ter entre os pagãos: 2,11-12.
- Os deveres dos messiânicos, conforme sua situação: deveres com relação às autoridades, deveres dos
servos para com seus patrões, deveres recíprocos dos esposos: 2,13 3,7.
- Novo apelo ao amor
fraterno: 3,8-12.
Terceira exortação:
3,13 – 4,11.
- Apelo á confiança
diante da oposição do mundo: 3,13-17. (Seu Nome) grifo meu. [Não o
aceitam....????].
- Fundamento desta
confiança: a vitória total de Maschiyah – o Mashiach: 3,18-22.
- Consequência
prática do exemplo do Mashiach, ruptura com o pecado: 4,1-6.
- Vigilância na vida
comunitária: 4,7-11.
Quarta exortação,
determinada pela iminência da perseguição: 4,12-19.
Exortações particulares:
5,1-11.
- Recordações dos
deveres dos chefes da comunidade: 5,1-4.
- Humildade e
vigilância: 5,5-11.
Conclusão: 5,12-14.


A vida messiânica conforme a primeira
Epístola de Pedro. Muitas vezes
ignorou-se o valor todo especial da mensagem de 1 Pedro. Ora, este valor
aparece com toda a clareza desde que se leve em conta à situação visada pela
epístola. Para o autor não se tratava mais de lançar os fundamentos da fé, que
já tinham sido ensinados aos leitores destinatários do escrito (1,12).
Tratava-se bem pelo contrário, diante das crescentes dificuldades
experimentadas pelas comunidades messiânicas,
de exorta-las à perseverança, em
razão mesmo da esperança que lhes fora pregada. Para tal fim, o apóstolo
orienta as atenções de seus leitores em direção ao Mashiach, a fim de que eles
tomem (ou retornem) conscientes do poder da vida nova que nele está (1,3; 2,2); ademais, insiste sobre a natureza vitoriosa da esperança recebida,
fonte de uma atividade perseverante e radiosa na vida de cada dia.


A) O enraizamento na
obra do Mashiach. O autor está convencido de que seus leitores foram escolhidos
por Yahu em YahuShúa e, de agora em diante, fazem parte do seu povo (1,2-3;
2,9). Não obstante, quer leva-las a um enraizamento mais profundo na obra
realizada pelo YHVH deles. É neste sentido que lhes recorda o sacrifício do
Mashiach (1,2; 1,19) e seus sofrimentos (2,21-24), para que eles sigam seu
exemplo (2,21). Insiste igualmente sobre a vitória do Mashiach, vitória que se
estende a todas as esferas do universo (3,18-22) e para a qual a própria morte
não é obstáculo (4,6; cf. 3,19). Doravante, é necessário que os crentes
permaneçam unidos àquele que é a pedra angular, o fundamento sólido da
comunidade (2,4-8).
A este propósito, é
preciso ressaltar que a messiologia da epístola se assemelha mais à apresentada
no início dos Atos, especialmente nos discursos de Pedro, que à de Paulo (p.
ex., o tema do servo sofredor, conforme as citações acima; a função do batismo,
At 2,38-40 e 1Pe 3,21; cf. igualmente At 2,31 e 1Pe 3,18). Note-se ainda que se
encontram ecos de várias confissões de fé ou hinos da comunidade messiânica (p. ex. 2,22-24; 3,22; 4,6).


B) A esperança viva. O
tema da esperança é importante desde o começo da epístola (1,3.13.21). Esta
esperança é focalizada desde o tríplice ponto de vista da sua origem, do seu
objeto e de suas consequências. Quanto
à origem, ele não é fruto da imaginação ou dos esforços dos homens: é o do gratuito que ‘Elo(rr)Hím(i)
[‘ULHIM] Yahu lhes concede pela
ressurreição do YahuShúa o Mashiach (1,3) (tenha-se bem
presente a que ponto a ressurreição do Mashiach está ligada à realização da
salvação: 1,21; 3,21). Quanto
ao objeto, ela está orientada para o reino futuro, para a herança imperecível
que é garantida aos crentes, para o momento em que a fé se converterá em visão
e no qual o povo de Yahu possuirá plena e definitivamente a salvação concedida
no YahuShúa o Mashiach (1,4.7.13). Quanto as consequências para a vida atual
dos fiéis, a esperança, longe de se confundir com uma atitude estóica ou uma
resignação passiva, é de certo modo, o motor de um comportamento novo
(1,13-15). É a esperança que possibilita aos crentes lutar com alegria (1,6),
não a despeito da provação (que, à primeira vista, parece contradize-la), mas
em meio à própria provação (4,12-13). A cada passo, ela é posta em questão pelo
mundo, mas o crente deve estar disposto a dar testemunho dela com certeza
tranqüila (3,15-16).
[Por isso mesmo procuro
saber e transmitir seu Nome que SALVA: “YahuShúa!”]. Grifo meu: Anselmo Estevan.
At 4,12; Ef 4,5; Fp 2,9-11!!!!!!!!!!!!!!!!

C) O testemunho na vida de cada dia. A epístola insiste na missão própria
do povo de Yahu no mundo: Yahu
escolheu homens para que o sirvam e irradiem por toda a terra o conhecimento
das suas obras. Eis a razão por
que o tema da eleição, em 1 Pedro, caminha de ar com o tema do sacerdócio dos
fiéis (2,5; 2,9; cf. Rm 12,1). O serviço que lhes é pedido se exerce antes de
tudo na Igreja (1,22; 2,1-5; 3,8-12; 4,7-11; 5,1-7). Os anciãos assumem uma
responsabilidade particular, com o objetivo de manter a comunidade na vivência
do amor fraterno (5,1-4). Mas há ainda toda uma série de obrigações
relacionadas com os diversos aspectos da vida política, social e familiar
(2,11- 3,7). As diretivas dadas sob este ponto de vista assemelham-se aos
códigos morais, encontradiços na literatura profana da época ou no judaísmo.
Não obstante, recebem orientação e conteúdo novos por suas referência ao YHVH (2,13) e pela atenção dada a cada pessoa, inclusive as mais humildes.
Tais diretivas não parecem pôr em questão o que poderia parecer contestável nas
estruturas sociais da época; aparentemente, nada têm de revolucionário. Mas,
em determinada situação, indicam aos crentes a linha a seguir: levar uma
mensagem de esperança, no amor do YHVH, e, graças a esta transformação interior da
condição humana, permitir as necessárias reformas da vida social. Acrescentemos que, de modo geral, a
epístola não dá mostras de hostilidade para com o mundo pagão. Muito pelo
contrário, acentua a responsabilidade do povo de Yahu com relação a ele: em todas as circunstâncias, até nas mais
penosas, os fiéis devem agir de modo a esclarecer os gentios (2,11-12;
3,13-17).
Aos messiânicos de todas os tempos, a epístola recorda o que implica “a esperança viva”,
que é a deles em Yahushúa o Mashiach: a adesão confiante ao YHVH vitorioso junto com uma atividade construtiva a seu serviço.

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