PAI E FILHO COMPARTILHAM O MESMO NOME:

PAI E FILHO COMPARTILHAM O MESMO NOME:
"NÃO HÁ SALVAÇÃO EM NINGUÉM MAIS!".

sábado, 3 de março de 2012

COLOSSENSES

EPÍSTOLA DE PAULO AOS

COLOSSENSES



INTRODUÇÃO


Visão geral
Autor: O apóstolo Paulo.
Propósito: Afirmar e
explicar a supremacia e suficiência de Maschiyah em oposição a todos os outros
poderes e tentativas para obter a salvação.
Data: c. 60 d.C.
Verdades fundamentais:
Maschiyah é supremo
sobre toda a criação e sobre toda a Igreja.
Os messiânicos não devem ser confundidos pelos falsos credos que misturam fé verdadeira
com falsas religiões ou filosofias.
Maschiyah é totalmente
suficiente para trazer a plenitude e a novidade de vida para os messiânicos.
Os messiânicos devem viver na dependência de Maschiyah e não de outros poderes.


Propósito e características
A epístola aos Colossenses foi dirigida aos messiânicos que estavam sob a influência de um falso ensino que misturava elementos
da filosofia grega com o judaísmo. Em parte, esse movimento ensinava que os messiânicos de Colossos estavam sujeitos a uma diversidade de forças espirituais que
precisavam ser apaziguadas por meio da veneração, do asceticismo e da
observância de dias santos especiais.
Paulo escreveu para
ajudar os membros da Igreja em Colossos a permanecerem firmes na verdade de que
Yaohu já os havia aceitado em virtude da união deles com Maschiyah. Conquanto a
perfeição, ou a maturidade, permanecesse diante deles como um objetivo a ser
buscado (1,22-23.28), eles já estavam “aperfeiçoados” (2,10), por meio de
Maschiyah, o Perfeito.
É difícil reconstruir
precisamente os elementos do falso ensino ao qual Paulo reagiu porque a
epístola é mais uma positiva afirmação da suficiência da pessoa e da obra de
Maschiyah do que um combate ao erro. No entanto, certos aspectos desse falso
ensino vêm à tona.
Em primeiro lugar, esse
movimento alegava ser uma “filosofia” (2,8). Como foi freqüentemente o caso no
período helenístico, a palavra filosofia não se referia a uma nacional, mas a
especulações a respeito do oculto e a práticas baseadas num corpo de “tradição”
(2,8).
Segundo, aparentemente
esse falso ensino era muito dependente do judaísmo. Ele dava grande valor às
ordenanças legais derivadas do Antigo Testamento, tais como as regras
alimentares, o sábado e a observação da lua nova, bem como a outras prescrições
do calendário judaico (2,16). [Então, por tudo isso; é que o Nome de
‘Elo(rr)hím(i) nunca foi dito, pronunciado, mas, sim: BLASFEMADO ENTRE OS
GENTIOS PELO SEU PRÓPRIO POVO DEVIDO A REGRAS HUMANAS... QUE NA MAIORIA
DAS VEZES SE TORNAM INÚTEIS COMO A ALGUNS CASOS JÁ CITADOS...; COMO DESCREVE
ESSE TEXTO...!]. Anselmo Estevan. A menção da circuncisão (2,11) também
aponta para a natureza judaica do falso ensino, mas isso não sugere que o
ritual do Antigo Testamento fosse um tema central em Colossos, como era na
Galácia.
Terceiro, o papel dos
espíritos angélicos era um elemento importante nesse ensino!



EPÍSTOLAS PAULINAS:
(7ª).

Conteúdo da
epístola. Breve em extensão (quatro
capítulos), vasta em desenvolvimentos teológicos, a Epístola aos Colossenses
faz parte tradicionalmente das epístolas ditas “do cativeiro”.
Como de costume, a carta
começa com uma liturgia epistolar (1,1-20): saudação, ação de graças pelo
progresso do Evangelho (3 – 8), prece pelos fiéis (9 – 12) e a seguir, um hino
que enaltece Maschiyah como cabeça do universo e dá o tom a toda a epístola (13
– 20). Os vv. 21 – 23 interpelam os destinatários e, da interpelação, passa-se
à evocação do ministério apostólico cuja missão é realizar o que o hino celebrou:
Paulo deve levar a palavra e as tribulações de Maschiyah à sua consumação, para
manifestar a glória de Yaohu entre as nações (1,24 – 2,5).
De 2,6 a 3,4, depara-se
à advertência que motivou o envio da carta: a Igreja é alertada diante do
perigo que a ameaça por causa das doutrinas e observâncias preconizadas por
doutores “heréticos” chegados a Colossos. No centro desta parte polêmica,
eleva-se uma nova celebração da vitória de Maschiyah sobre os poderes celestes,
vitória à qual os fiéis são associados por seu batismo (2,6-15) e que
fundamenta a liberdade messiânica contra toda tentativa de escravização (2,16
– 3,4).
A exortação toma a
seguir um sentido mais geral (3,5 – 4,6). Ela se apóia de novo no batismo:
despojados do velho homem, os fiéis se revestiram do homem novo, cuja vida se
realiza na comunidade messiânica, tanto pelo modo de proceder como pelo culto
(3,5-17).
Vêm então recomendações
no tocante às relações com os demais: são os quadros tradicionais que tratam da
vida familiar e social, integrada “no YHVH” e dotada por isso de um sentido
novo (3,18 – 4,1). A epístola termina com um apelo à vigilância e à prece
(4,2-4), uma indicação sobre as relações com os não-messiânicos (4,5-6) e uma
longa lista de saudações e mensagens pessoais (4,7-17), que acabam com a
saudação final do apóstolo (4,18).

A crise de Colossos. 1. Os dados da epístola. Paulo, prisioneiro
(4,3.10.18), dirige esta carta aos messiânicos
de Colossos (1,2). Ele nunca foi a
esta localidade (1,4; 2,1) situada na Frígia (Ásia Menor), 200 km a oriente de
Éfeso. Durante a longa estada do apóstolo em Éfeso (At 19), o seu discípulo
Epafras, colossense de origem (4,12), fundou esta comunidade (1,7) ao mesmo
tempo que a de Hierápolis e Laodicéia (4,13), duas cidades vizinhas situadas igualmente
no vale do Lico. Laodicéia figura entre as “sete Igrejas” da Ásia nomeadas pelo
Apocalipse (1,11; 3,14), e chegou-se a pensar na hipótese de ter sido a
destinatária do apóstolo dita “aos Efésios” (Cl 4,16 – cf. introd. a Ef).
Segundo a Epístola. Paulo, informado da situação crítica de Colossos por
Epafras, que viera juntar-se a ele na prisão (4,7), envia Tíquico, talvez
portador da nossa carta (4,7-8; cf. Ef 6,21), e Onésimo (4,9). Eles serão os
seus porta-vozes na provação que essas Igrejas atravessam, Igrejas que o
apóstolo não fundou e nas quais as suas cadeias o impedem de intervir
diretamente.
2. Um combate teológico
e espiritual. Paulo já se deparou com muitas dificuldades, mas, ao contrário do
que sucedeu em Corinto ou na Galácia, tudo indica que aqui as questões pessoais
(rivalidades ou contestações ao apostolado de Paulo) não desempenharam papel
determinante. Não obstante numerosos estudos, o teor das idéias propagadas em
Colossos ainda não nos é claramente conhecido. Temos como informação apenas a
própria epístola, cujas afirmações são muitas vezes alusivas; além disso,
alguns termos técnicos permanecem para nós obscuros: custa discernir, às vezes,
se determinada indicação deve ser atribuída aos novos doutores ou se exprime um
juízo do apóstolo (assim 2,18.21.23). A tendência fundamental deste movimento
consistia em procurar uma espécie de superação do evangelho apostólico.
Especulações sobre o mundo dos poderes angélicos, das práticas ascéticas, um
certo recurso a observâncias legalistas deviam completar a fé em Maschiyah e
comunicar aos fiéis um conhecimento superior dos mistérios e uma vida religiosa
mais conforme com suas aspirações. Encontram-se aí alguns traços do “evangelho
judaizante” que Paulo já combatera na Galácia, mas um evangelho judaizante que
teria evoluído e se apresentaria mais eivado de esoterismo; nele discernem-se
tendências que descambariam nos sistemas elaborados da gnose do século II. Um
vocabulário novo se desenvolve; vestígios dele encontram-se nos escritos ulteriores
do NT e fora dele.

Características da epístola. Marcado por este confronto, a Epístola aos
Colossenses manifesta certa originalidade com relação às cartas anteriores de
Paulo:
a) Observa-se uma
mudança de estilo que se acentuará em Efésios: acúmulo de sinônimos, enfiadas
de complementos, desenvolvimentos litúrgicos (1,3-8.9-20), frases às vezes
obscuras ou incorretas (2,18-19.20-23), multiplicando incisos, orações
participiais ou relativas...
b) Do ponto de vista do
vocabulário, constata-se igualmente uma evolução. Termos já empregados por
Paulo produzem em torno de si uma cristalização inédita do pensamento: cabeça,
corpo; autoridades e poderes, elemento do mundo; mistério, economia, plenitude;
sabedoria, riqueza, conhecimento etc. (pode-se notar uma forte influência da
literatura sapiencial). O termo “santos” predomina para designar os messiânicos.
c) O próprio pensamento
sofre uma mutação, às vezes quase imperceptível, mas que anuncia novas
perspectivas. Convém pôr em relevo sobretudo as acentuações e modificações
seguintes:
- a exaltação de
Maschiyah assume toda a sua dimensão cósmica; ele é celebrado como cabeça do
universo e das potências, e como cabeça da Igreja;
- o conceito de Igreja
se modifica: a idéia de corpo que, em 1Co 12, exprimia a unidade na diversidade
no seio da comunidade adquire, também ela, uma amplitude universal; mais
nitidamente do que em 1Co , a Igreja (corpo) é distinta de Maschiyah (cabeça);
- as categorias
espaciais (em cima, embaixo) predominam sobre as categorias temporais e
escatológicas. O Reino é situado acima de nós, como realidade que nos domina
(1,13; 3,1-4) e não à nossa frente, como realidade vindoura (cf. Mc 1,15);
- a teologia do batismo
sofre por consequência uma notável modificação. Em Rm 6, Paulo exprimia no
passado a nossa união à morte de Maschiyah e no futuro a nossa participação em
sua ressurreição; Colossenses afirma que o batizado morreu e já ressuscitou com
Maschiyah (cf. 2,12 nota; 3,1).
- a noção de “pleroma”,
os temas de sabedoria e iluminação se substituem às nações jurídicas
associadas, em Paulo, à ação do Rúkha.
O Evangelho tende a tornar-se
“mistério”.
Todos esses traços
reaparecerão em Efésios: as semelhanças de estilo e pensamento entre as duas
epístolas constituem um problema específico (ver introdução a Efésios).

Autenticidade. Os principais elementos que entram em consideração são os seguintes: 1º
Os critérios literários e teológicos que acabamos de resumir. Segundo a
importância que se lhes atribua e à medida que se insiste mais nas semelhanças
ou nas diferenças com relação às demais epístolas, considera-se a carta como
obra do apóstolo, chegado ao fim da sua carreira; como obra de um secretário ou
de um dos seus discípulos imediatos; ou enfim como obra mais tardia da assim
chamada “escola paulina”. 2º Os dados que permitem definir as relações entre
Colossenses e as outras epístolas. Estes são complexos: a carta aos Colossenses
tem traços de semelhança com epístolas de épocas bastante diferentes. Um tema
como o dos “elementos do mundo” e certos modos de exprimir-se aproximam, por
exemplo, Colossenses de Gálatas (cf. Gl 4,1-11 e Cl 2,6-23). Por outro lado,
Colossenses forma com Filêmon e Efésios um grupo caracterizado por idêntica
situação. Paulo, prisioneiro (Fm 9,10.13.23; Ef 3,1; 4,1; 6,20), encarrega
Tíquico e Onésimo de missão análoga (Fm 12; Ef 6,21-22). Colossenses não deixa
de vincular-se também a Filipenses, outra carta do cativeiro. – Esses
elementos, todavia, não são decisivos e é possível admitir empréstimos de uma
epístola a outra. 3º A natureza exata da crise de Colossos. Ainda neste
particular, entretanto, é difícil fornecer uma data segura. A imprecisão das
alusões às doutrinas e às práticas, a duração dos fenômenos de contágio entre a
fé messiânica e os movimentos pré-gnósticos não nos
permitem dizer com certeza o momento em que o conflito teria surgido.
Levando em conta o
conjunto desses dados, três tipos de solução foram propostos:
a) A opinião corrente
situa Colossenses, com Filêmon, Efésios e Filipenses, na última fase do
ministério de Paulo do seu primeiro cativeiro romano (61 – 63). Colossenses
representaria o primeiro esboço da sua síntese teológica, que desabrocharia em
Efésios: o pensamento do apóstolo se eleva mais alto e olha para mais longe,
para manifestar a significação universal da cruz e da exaltação de Maschiyah,
para desvendar as últimas implicações do mistério da salvação na Igreja.
Explicam-se assim as mudanças de estilo e de perspectiva desta nova síntese do
paulinismo. A hipótese de uma composição de Colossenses durante o cativeiro em
Cesaréia (de 58 a 60) entra em um quadro histórico análogo. A crise da Galácia
nos mostra, por outra parte, que a evolução das idéias pôde efetuar-se bastante
cedo.
b) Entre os defensores
da origem paulina da epístola, vários a situam, com Filipenses e Filêmon, não
no fim, mas no centro da atividade missionária e literária de Paulo, entre os
escritos que remontam à longa estada em Éfeso (de 54 a 57), durante a qual se
pode supor um cativeiro do apóstolo (sobre as dificuldades de Paulo nesta
cidade, cf. 1Co 15,32; 2Co 1,8-10). Assim se podem explicar as relações
próximas e constantes entre o apóstolo e as Igrejas, mas não se conta com um
espaço de tempo muito prolongado para situar a elaboração de Colossenses, e
isto força a afastá-la de Efésios, que, neste caso, é geralmente tida como
não-paulina.
c) Na extremidade
oposta, há aqueles para os quais a situação da Igreja, o conteúdo e a forma da
epístola convidam a considerar Colossenses como um escrito representativo da
geração pós-apostólica. As preocupações escatológicas se esbateram e, diante
das primeiras investidas da gnose, a Igreja faz apelo à autoridade apostólica,
legitimando o ministério e a pregação de Epafras em nome de Paulo. Ao mesmo
tempo, a epístola nos revelaria a estatura que este último adquirira aos olhos
dos messiânicos no fim do século 1 (cf. 2Pe 3,15-16).

Alcance da Epístola. Se as opiniões a respeito da data ou da
atribuição da carta podem ser tão diversas, elas se conciliam para reconhecer
que a Epístola aos Colossenses concorda fundamentalmente com a mensagem que
Paulo formulou em outras circunstâncias: nós somos plenamente cumulados em
Maschiyah. Ele é tudo para a nossa justiça (Gálatas e Romanos), tudo para o
nosso destino, nossa morte e nossa vida (Colossenses). Cautela para não enfiar
de novo o dedo na menor engrenagem da lei, pois isso seria voltar à escravidão
anterior (Gl)! Atente-se para não associar ao lado, acima, abaixo da soberania
de Maschiyah, algum culto às potências: seria voltar à servidão (Cl)! Eleva-se
o mesmo cântico da liberdade messiânica. Impõe-se o mesmo recurso ao batismo como
acontecimento irreversível que nos arrancou a toda outra justiça (Gl, Rm) e a
todo outro poder diferentes dos de Maschiyah (Cl). E se o leitor tem a impressão
de passar de uma linguagem antes marcada pelo tempo e pela expectativa da vinda
de Yaohu, para uma linguagem dominada pelo espaço e pela exaltação de Maschiyah
como cabeça do universo, é a serviço da mesma proclamação: Maschiyah morreu e
ressuscitou de uma vez por todas; de uma vez por todas nós estamos unidos a
ele. Ligada à sua vida, a nossa está vitoriosamente estabelecida nos “lugares
celestes”, onde se agitam as potências que poderiam ameaçar a nossa libertação.
Isto não significa incitar-nos à evasão, mas, como indica o fim da epístola,
conduzir-nos a uma existência autêntica.
À primeira vista, nada
mais estranho para nós do que essas alusões a potências que povoariam o mundo
supraterrestre, anjos e forças o controlar o curso dos planetas e dos destinos.
Nada mais estranho do que as prescrições alimentares ou práticas rituais às
quais os messiânicos de Colossos são tentados a se associar. Mas,
por pouco que o leitor atente a essas questões e se compenetre da resposta
apostólica, compreende a repercussão desta epístola em nossa atualidade. As
potências mudaram de nome, as nossas tentativas para conciliar-nos com elas ou
para lhes escapar não são mais as mesmas, e no entanto os colossenses são
nossos irmãos. O homem do século XX , mesmo o messiânico, sente uma
dificuldade análoga de saber-se responsável. Sente-se joguete de forças que
arrastam o planeta numa evolução irreversível. A salvação não pode mais
consistir somente em uma obediência pessoal a uma lei ou a uma moral muitas
vezes rejeitadas, mas no fato de escapar a garras de uma alienação ameaçadora.
Também para nós põe-se a questão determinante da relação entre Maschiyah e o
universo: que vínculo pode existir entre o que nós entrevemos do cosmo e o
Evangelho pregado e acolhido?

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