PAI E FILHO COMPARTILHAM O MESMO NOME:

PAI E FILHO COMPARTILHAM O MESMO NOME:
"NÃO HÁ SALVAÇÃO EM NINGUÉM MAIS!".

sábado, 3 de março de 2012

O QUE QUER DIZER: SINÓTICOS?

EVANGELHOS SINÓTICOS

INTRODUÇÃO

O Evangelho e os evangelhos. Antes de mais nada, o
Evangelho é, de acordo como sentido grego da palavra, a Boa Nova da Salvação
(cf. Mc 1,1), a pregação desta Boa Nova. Assim o entende o apóstolo Paulo ao
falar do seu evangelho: trata-se do anúncio da salvação na pessoa de Yaohushua,
O UNGIDO. De sorte que, na origem, o Evangelho não foi um (livro),
obra literária ou histórica; e se o título evangelho foi dado aos quatro livros
atribuídos a Mateus, Marcos, Lucas e João, é porque cada um desses autores
proclama esta Boa Nova no relato que faz das palavras e obras de Yaohushua, bem
como na narrativa que traz de sua morte e Ressurreição.
O leitor moderno, cioso de exatidão e sempre à cata de
fatos estabelecidos e verificados, fica desconcertado à vista dessa literatura,
que lhe parece desconexa, cujo plano carece de continuidade, cujas
contradições parecem insuperáveis e que não logra responder a todas as
perguntas que se lhe fazem. Tal reação será vantajosa para o leitor, se o
levar a suscitar os verdadeiros problemas, primeiramente o do gênero literário
dos evangelhos. Os seus redatores não são literatos que, instalados numa
escrivaninha, a manusear documentos devidamente classificados, se teriam
abalançado a escrever uma vida de Yaohushua de Nazaré desde o
nascimento até a morte. Totalmente diversa é a maneira como se deve encarar
a composição dos evangelhos. Yaohushua falou, anunciou a Boa Nova do Reino,
convocou discípulos, curou doentes, realizou atos significativos. Após sua
morte e à luz da fé pascal, os discípulos e, depois deles, os pregadores
anunciaram a sua Ressurreição, repetiram suas palavras e referiram seus atos de
acordo com as necessidades da vida das Igrejas. Durante cerca de quarenta anos,
formaram-se tradições orais, que conservaram e transmitiram, por meio da
pregação, da língua e da catequese, todos os materiais com que deparamos nos
evangelhos. Aliás, é verossímil que, no decorrer da história, alguns desses
materiais já tivessem recebido uma forma escrita: por exemplo, certas
formulações litúrgicas como as profissões de fé, coletâneas de palavras de
Yaohushua ou o relato da Paixão de Yaohushua que, sem dúvida, bem cedo
constituiu um ciclo de narrações claramente estruturado.
Os evangelistas trabalharam a partir desses dados
tradicionais que, na vida movediça das primeiras comunidades, já tinham
adquirido formas diversas, à medida que a Boa Nova, antes de passar a texto
estabelecido, era uma palavra viva, que, simultaneamente, nutria a fé dos remanescentes,
ensinava os fiéis, adaptava-se aos diversos ambientes, respondia às
necessidades das Igrejas, animava sua liturgia, exprimia uma reflexão sobre a
Escritura, corrigia os erros e, ocasionalmente, replicava aos argumentos dos
adversários.
Destarte, os evangelistas recolheram e puseram por
escrito, cada um segundo sua perspectiva, o que lhes era fornecido pelas
tradições orais. Mas não se contentaram com isto. Tinham também consciência de
estarem anunciando a Boa Nova para os homens de seu tempo, com a preocupação de
ensinar e responder aos problemas das comunidades para as quais (escreviam).
Mais adiante se verá qual foi à perspectiva peculiar de cada evangelista.
Ressaltemos, por enquanto, um fato capital, que agora quase não é mais
contestado, depois das pesquisas das últimas gerações sobre a história da
tradição e da formação dos evangelhos: os evangelhos nos remetem, por numerosos
pormenores característicos, à fé e à vida das primeiras comunidades remanescentes.
Dentre muitas ilustrações possíveis, os textos que nos contam a última ceia de
Yaohushua são um exemplo disso. Deles, possuímos quatro versões (Mt, Mc, Lc,
1Co), que na realidade reduzem a dois tipos:
por um lado, um testemunho por Mateus e Marcos, por outro, o que nos é
fornecido por Lucas e Paulo. Ora, esses dois tipos, que diferem em vários (pontos),
apresentam-se ambos como textos que reproduzem fórmulas tradicionais já fixadas
pelo uso litúrgico. Paulo transmite o que recebeu. Ao invés de narrar a última
ceia de Yaohushua em todos os seus pormenores, os evangelistas centram sua
narrativa nos gestos e palavras do Mestre, que se repetem na celebração
eucarística. Assim, a fórmula tendo abençoado, que é a de Mateus e Marcos,
denota provavelmente um uso palestino (conforme à bênção judaica), ao passo que
o uso por Lucas e Paulo do termo dar graças (em grego eukharistéô) evoca de
preferência um ambiente helênico. Outros exemplos de duas versões diferentes de
uma mesma tradição, como o pai-nosso (Mt 6,9-15; Lc 11,2-4), ou as
bem-aventuranças (Mt 5,3-12; Lc 6,20-26), nos permitem acercar-nos tanto da
natureza das tradições recolhidas como do pensamento particular de cada
evangelista.
A passagem pela tradição oral também explica por que
numerosas perícopes se apresentam como pequenas unidades literárias centradas
numa palavra ou num ato de Yaohushua, sem enquadramento cronológico ou
geográfico preciso; indicam-no as fórmulas introdutórias, vagas por si sós:
naqueles dias (Mt 3,1; Mc 8,1), naquele tempo (Mt 11,25), depois disso (Lc
10,1), ora (Lc 8,22; 9,18.27.51; 11,27). Cada uma dessas narrativas teve de
início uma existência independente das outras, e sua acomodação é muitas vezes
obra dos evangelistas. No emprego que as primeiras gerações fizeram dessas
traduções, as recordações narradas foram vazadas em certas formas literárias de
relativa fixidez; é o que sucedem em relatos, episódios que enquadram e situam
um dito de Yaohushua, cenas de controvérsia, de cura ou de milagre. Uma
estrutura peculiar a cada um destes gêneros é muitas vezes fácil de descobrir.
Então, como se devem considerar essas tradições, se estão
a tal ponto marcadas pelo uso que se fez delas antes de serem fixadas nos
evangelhos? Qual o crédito que se lhes pode conceder? Qual a sua relação com a
realidade da história de Yaohushua? A essas perguntas pode-se responder
que, sendo os nossos documentos testemunhos da fé em Yaohushua, O
UNGIDO, é este O UNGIDO reconhecido pela fé que eles nos querem
fazer encontrar. Contudo, afirmar que os evangelhos são uma pregação, que seus
autores – mesmo Lucas, cioso da (história) – pretenderam antes de mais
nada ser testemunhas da Boa Nova, não significa serem eles indiferentes à
realidade (histórica) dos fatos que referem; mas o seu interesse maior é
fazer sobressair o seu sentido, mais do que reproduzir exatamente o teor
literal das palavras de Yaohushua (cf. as diferentes formas das
bem-aventuranças, do pai-nosso, da fórmula eucarística) ou as circunstâncias e
pormenores dos seus atos. Apresentam uma tradição que já é uma interpretação. É
pelo estudo minucioso dos textos que tais (palavras) ou tais (relatos)
hão de surgir como sólidos pontos de referência para a história do ministério
de Yaohushua; não poucos métodos acham-se ao alcance dos historiadores
para tentar estabelecê-los.
Aqui, dois pontos há que devem ser especificados:
- É certo que, através da tradição, e apesar de não se
poder verificar historicamente todo o conteúdo do evangelho, numerosos indícios
– que, aliás, esclarecem os demais textos – nos permitem saber que a fé em O
UNGIDO ressuscitado se enraíza na vida e nas ações de Yaohushua.
- Só temos acesso às palavras e ações de Yaohushua através
das “traduções” que delas nos fornecem as tradições antigas
e redações dos evangelistas. A transcrição em grego daquilo
que primordialmente foi vivenciado em aramaico é apenas o aspecto mais aparente
desse fenômeno de transmissão. Pode-se tentar reconstituir o que Yaohushua
falou em língua materna, bem como se pode tentar reconstituir as circunstâncias
exatas em que pronunciou tal parábola ou operou tal cura. Todavia, essas
tentativas ficam afetadas em seus pormenores por uma probabilidade maior ou
menor. Essas limitações da verificação histórica decorrem da própria natureza
dos evangelhos. A fé em O UNGIDO vivo iluminava as recordações
referentes a Yaohushua e se exprimia por um testemunho vivo, com tudo o que
este comporta de relatos fragmentários, repetições, ajustes, intervenções da
testemunha ou do narrador. A função e a virtude própria desses textos são,
todavia, atrair o leitor à fé.
O estudo crítico dos evangelhos permite assim ultrapassar
uma leitura ingênua e inserir-se na perspectiva própria do Novo Testamento. Por
mais longe que se possa remontar na pesquisa, a pergunta fica de pé: quem é Yaohushua?
Ao invés de se sentir desprovido e incerto, o leitor que se dispuser a ler os
evangelhos nesta perspectiva, notadamente, fazendo um estudo comparado dos (textos),
sempre encontrará mais do que de início suspeitava. Pois, com seus múltiplos
elementos de resposta e seu modo de compreender os dados da tradição, cada um
dos evangelhos fornecer-lhe-á o meio de verificar e enriquecer seu conhecimento
de Yaohushua, fazendo-o participar do movimento que, sem cessar, vai do
passado de Yaohushua à fé atual da comunidade remanescente e da
convicção das testemunhas, àquele que é sua fonte.


Os evangelhos e suas relações mútuas. O evangelho
chegou até nós sob a forma de quatro livretes. À primeira leitura, percebe-se
que o quarto evangelho possui características que o situam à parte, embora não
deixe de ter ligações com os três primeiros (cf. Introdução ao Evangelho de
João). Estes três são testemunhos cuja redação é anterior à do evangelho de
João. O evangelho segundo Marcos, cuja origem é, com toda a verossimilhança,
romana, pode ser datado dos anos 65-70. Os evangelhos segundo Mateus e Lucas,
redigidos quinze a vinte anos mais tarde, não refletem os mesmos ambientes e
têm destinatários bem diferentes. Contudo, suas características são tão
semelhantes que puderam ser denominados “sinóticos”, nome proveniente de uma
obra publicada no fim do século XVIII com o título de Sinopsis (ou seja:
visão simultânea), que trazia os textos de Mateus, Marcos, Lucas em três
colunas paralelas, de forma a facilitar a comparação entre eles. Esse fato cria
um problema particular.
a) O fato sinótico. As semelhanças e diferenças entre os
sinóticos referem-se: ao material empregado, à disposição em que se apresenta e
à sua formulação.
- Quanto ao material, eis um levantamento aproximativo
do número de versículos comuns a dois ou três evangelhos:

Mt Mc Lc
Comuns aos três 330 330 330
Comuns a Mt-Mc 178 178
Comuns a Mc-Lc 100 100
Comuns a Mt- Lc 230 230
Peculiares a cada um 330 53 500

Ao lado das partes comuns, existem
fontes próprias para cada evangelho.
- Quanto à disposição, as perícopes
agrupam-se em quatro grandes partes:
A. A preparação do ministério
de Yaohushua.
B. O ministério da Galiléia.
C. A subida para Jerusalém.
D.
Ministério em Jerusalém. Paixão Ressurreição.
Dentro dessas quatro partes, Mateus
distribui as suas perícopes numa ordem que lhe é peculiar até o cap. 14; a
partir daí, apresenta perícopes comuns a ele e a Marcos, na mesma ordem que
este. Lucas intercala as perícopes que lhe são próprias no meio de um quadro
geral que é idêntico ao de Marcos (assim, Lc 6,20 – 8,3 ou 9,51 – 18,14).
Deve-se, contudo, notar que, no interior desta concordância de conjunto, há
discrepâncias, por vezes, no próprio seio de passagens comuns (assim, em Lucas,
o chamamento dos discípulos ou a visita a Nazaré).
- Quanto à formulação, verifica-se
igualmente um estreito parentesco entre os textos: assim, um mesmo termo raro
(afientai) encontra-se em Mt 9,6 = Mc 2,10 = Lc 5,24; ou ainda, somente duas
palavras diferem, entre 63, em Mt 3,7b-10 = Lc 3,7b-9. Por outro lado, uma
discordância surge bruscamente em passagens que no conjunto são parecidas: numa
estrutura fixa, as palavras são diferentes, ou então com palavras idênticas, a
estrutura é diferente.
b) Interpretação do fato
sinótico. O problema criado pelo fato sinótico estará resolvido quando se
tiverem explicado juntamente as semelhanças e as divergências.
Reina um acordo entre os críticos a
respeito de certos pontos. Primeiro, quanto à origem dos evangelhos. Dois
fatores determinaram o estado atual dos textos: a função da comunidade que
criou a tradição, quer oral quer escrita, e a função do escritor que manejou as
diversas tradições. As variações nas hipóteses dependem essencialmente da
importância relativa atribuída pelos críticos a estes dois fatores: poderiam as
discordâncias explicarem-se todas pela atividade redatorial do escritor ou
exigiriam o recurso a contatos havidos em nível pré-sinótico?
Quanto ao método a seguir, reina
certo acordo. As omissões ou acréscimos de matérias e as modificações na
formulação podem ser explicadas mais ou menos adequadamente pelas “intenções”
dos diversos redatores; mas por causa da arbitrariedade que ameaça as
interpretações que se podem dar das mesmas, a solução do problema não pode ser
fornecida no nível dos materiais ou da formulação. Só o exame da disposição
autoriza uma resposta firme. Para explicar as concordâncias entre longas
seqüências de texto, impõe-se a hipótese de uma dependência literária (e não
somente oral), quer imediata (interdependência), quer mediata (dependência de
uma fonte comum). Para explicar as discordâncias, uns acentuam a influência da
comunidade durante a fase pré-sinótica, outros, a dos redatores. Mais
exatamente, os críticos concordam geralmente em afirmar dois princípios. Marcos
depende de Mateus e de Lucas, Mateus e Lucas são entre si independentes; com
efeito, estes últimos entram em desacordo quando um deles deixa de concordar
com a ordem de Marcos, e ambos têm passagem comum com Marcos que o outro não
repetiu (Mt: 178 vv.; Lc: 100 vv.).
O desacordo entre os críticos
subsiste quanto à interpretação da relação de Marcos com os outros dois
sinóticos. Teria havido contatos, entre Mateus e Marcos e entre Lucas e Marcos,
sob a forma de dependência imediata do evangelho de Marcos ou sob a forma de
dependência relativamente a um texto pré-sinótico comum? Eis, em resumo, as
duas modalidades de hipóteses que hoje são sustentadas:
1. Certos críticos, mais
sensíveis às diferenças do que às concordâncias, preferem renunciar à
interdependência imediata dos sinóticos.
a) Uns evocam uma documentação
múltipla: os evangelistas teriam utilizado coleções mais ou menos extensas,
agrupando desde o início (provavelmente com visitas à pregação missionária da
Igreja) pequenas compilações de fatos e sentenças (agrupamentos de milagres,
reunião de sentenças...); assim se explicariam as concordâncias menores entre
Mateus e Lucas contra Marcos, que contradizem a dependência deste; assim se
justificariam também as variantes que dificilmente podem ser atribuídas ao
trabalho redatorial ou a perspectivas teológicas diferentes.
b) Outros críticos, embora se
mantenham fiéis à flexibilidade da
hipótese precedente, estimam descobrir na origem da tradição sinótica dois
documentos principais, além das tradições singulares. Impõe-se uma constatação:
a disposição difere, conforme se trate da parte central (pregação na Galiléia:
Mt 4,13 – 13,58 par.) ou das duas seções que a enquadram (Mt 3,1 – 4,12 par.;
Mt 14,1 – 24,51 par.). A estreita concordância que domina essas duas seções
envolventes sugere a existência de um documento da base idêntico para os três
evangelhos; pelo contrário, a discordância que caracteriza a parte central
(ministério na Galiléia) revela um estado menos adiantado da organização das
tradições. Destarte, na origem dos três sinóticos, haveria, além das tradições
singulares, dois documentos principais: um já fortemente estruturado, outro em
estado ainda fluido, no momento em que foram empregados pelos evangelistas,
embora seu estado de fusão estivesse então mais ou menos adiantado.
2. Todavia, a maioria dos
críticos aderem à hipótese das Duas Fontes. Conforme esta, Mateus e Lucas
dependem imediatamente de Marcos, bem como de uma fonte comum independente
desta (muitas vezes chamada Q. do alemão Quelle). Marcos e esta
documentação seriam as duas fontes principais de Mateus e Lucas. O esquema
seguinte resume esta hipótese:

Mc Doc. Comum
. .
. .
Mt próprio = Mt = Lc
= Lc próprio.

Hoje em dia esta hipótese é
apresentada com muito mais nuanças do que inicialmente. Ela tem a grande
vantagem de facilitar o estudo do trabalho redacional de Mateus e Lucas. Assim
explicar-se-iam pelo trabalho de redação literária as adições, omissões e
transposições verificadas no fato sinótico. Convém observar que, em nossos
dias, não se ousa mais resolver categoricamente a questão de saber se o
documento comum a Mateus e Lucas é um documento escrito ou uma fonte (oral),
nem de saber se o texto de Marcos usado por Mateus e Lucas é o que nós
possuímos ou algum outro.
No entanto, seja qual for a hipótese
crítica adotada para abordar o problema sinótico, só um trabalho minucioso
permite determinar a natureza das perspectivas de cada evangelista.
Acrescente-se que o exame das fontes literárias não é nem o único, nem talvez o
mais importante para compreender melhor os evangelhos sinóticos. Fontes
documentais, tradição oral, influência do ambiente de origem e utilização de
material diverso pelos redatores finais são elementos que se devem levar
simultaneamente em consideração, ao se querer dar conta do fenômeno original
que é a literatura evangélica.
Este rápido apanhado da questão
sinótica talvez ajude o leitor a melhor penetrar as perspectivas de cada um dos
evangelistas que serão indicadas nas introduções particulares a Mateus, Marcos
e Lucas.
(Livro): Foi Justino quem,
por volta de 150, usou primeiro esta palavra para designar o evangelho como
livro (I Apologia, 663).

(Escreviam): Tentou-se
indicar nas notas de tradução as tendências que caracterizam cada evangelista,
toda vez que isto foi possível, e sempre com prudência. As indicações que foram
encontradas, p. ex., na anotação a parábolas, só intentam assinalar uma
tendência de interpretação. Os títulos das perícopes esforçam-se também por
salientar o sentido dominante do texto. Assim, p. ex., a parábola
tradicionalmente intitulada: O Filho pródigo é aqui intitulada: O Filho
reencontrado.

(Pontos): Abençoar/dar graças
– meu corpo/meu corpo que é dado a vós – meu sangue da Aliança/a nova Aliança
em meu sangue – ausência em Mt e Mc da ordem: “Fazei isto em minha memória”.

(História): Cf. Lc 1,1-4.

(Palavras): Por ex., Mc 1,15:
o anúncio da proximidade do Reino não é reflexo da pregação dos cristãos;
pois estes, depois da Páscoa, anunciavam, não o Reino, mas a Ressurreição. Cf.
também Mc 13,32, a palavra referente ao dia e à hora.

(Relatos): Por ex., Mc 6,8-9:
o envio dos Doze sem nenhum recurso material supõe decerto uma missão muito
limitada no tempo e no espaço, não as missões longínquas que a primeira geração
cristã presenciaria.

(Textos): Os tradutores
esforçaram-se, às vezes à custa de certas proezas de estilo, por salientar as
semelhanças e diferenças entre os textos paralelos dos evangelhos. Dessa forma,
o leitor poderá fazer comparações por si mesmo, embora nenhuma nota lhe chame a
atenção a respeito.

(Oral): Para este documento,
só 50% do vocabulário é comum a Mt e Lc. De 23 perícopes, apenas 13 se
encontram na mesma ordem em Mt e Lc.



O Novo Testamento é
constituído por 27 Livros: EVANGELHOS: Mateus; Marcos; Lucas;
João; Atos dos Apóstolos. (05).

EPÍSTOLAS DE PAULO: [SENDO, 13
CARTAS]: {Aos Romanos; Aos Corintios – 1 e 2; Aos Gálatas;
Aos Efésios; Aos Filipenses; Aos Colossenses; Aos Tessalonicenses
– 1 e 2; A Timóteo 1 e 2; A Tito; A Filemom.}.

EPÍSTOLAS GERAIS: [escritas para
o “público em geral – 08 cartas”]: Epístola aos Hebreus; Epístola
de Tiago; Primeira Epístola de Pedro; Segunda Epístola de Pedro;
Primeira Epístola de João; Segunda Epístola de João; Terceira
Epístola de João; Epístola de Judas. [Totalizando – 21
cartas: 13 de Paulo + 08 cartas gerais].

E, finalizando, o livro da
“Revelação de João” – Apocalipse de João. (01).



Relembrando: O Antigo
Testamento: é constituído por 39 Livros:

PENTATEUCO: Gênesis,
Êxodo, Levítico, Números, Deuteronômio. (05).

LIVROS HISTÓRICOS: Josué,
Juízes, Rute, 1Samuel, 2Samuel, 1Reis, 2Reis, 1Crônicas, 2Crônicas, Esdras,
Neemias, Ester. (12).

LIVROS POÉTICOS: Jó,
Salmos, Provérbios, Eclesiastes, Cântico. (05).

LIVROS PROFÉTICOS:
Isaías, Jeremias, Lamentação de Jeremias, Ezequiel, Daniel, Oséias, Joel,
Amós, Obadias, Jonas, Miquéias, Naum, Habacuque, Sofonias, Ageu, Zacarias,
Malaquias. (17).


Bem, como conhecemos, totalizando 66
Livros da nossa Bíblia – Sagradas Escrituras! AMÉM. Anselmo Estevan.

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