PAI E FILHO COMPARTILHAM O MESMO NOME:

PAI E FILHO COMPARTILHAM O MESMO NOME:
"NÃO HÁ SALVAÇÃO EM NINGUÉM MAIS!".

sábado, 3 de março de 2012

2 KEFA


CARTA GERAL/CATÓLICA

SEGUNDA EPÍSTOLA DE PEDRO



INTRODUÇÃO



Visão geral
Autor: O apóstolo Pedro.
Propósito: Encorajar os messiânicos perseguidos e confusos a permanecerem unidos em sua fé.
Data: 65-67 d.C.
Verdades fundamentais:
Os messiânicos devem crescer espiritualmente em virtude das grandes bênçãos em O
Mashiach.
A certeza do retorno do
Mashiach vem do testemunho de pessoas que viram O Mashiach pessoalmente e das Escrituras. (Não, a “Bíblia”)!
Yahu irá julgar com
rigor os FALSOS MESTRES que negam a volta de Maschiyah – O MASHIACH!
Yahushúa ainda não
voltou porque Yahu é paciente com seu povo.
Os messiânicos devem ser pacientes; contudo, devem procurar acelerar o dia do retorno
do Mashiach pela oração, pela obediência e pelo evangelismo.


Propósito e características
(Lembrando que os
“GNÓSTICOS”, SÃO FALADOS NOS LIVROS DE: 1Jo; 2Jo; 3Jo; 2Jo 9). Grifo meu.
2 Pedro foi escrita para messiânicos que estavam sendo ameaçados por
falso ENSINO (2,1). Em resposta a
esse falso ensino, Pedro enfatizou a verdade e as implicações morais do
evangelho.
Esse falso ensino parece
ter sido um precursor do GNOSTICISMO, um termo que designa uma variedade de
movimentos heréticos nos primeiros séculos messiânicos (ESPECIALMENTE
NO SÉCULO 2) que combinavam as idéias da FILOSOFIA GREGA, do misticismo
oriental e do CRISTIANISMO. O protognosticismo com que Pedro deparou
ensinava que a salvação se dava por meio do conhecimento intuitivo e esotérico,
e não por meio da fé no Mashiach.
Como eles prezavam muito
mais a mente do que o corpo, os GNÓSTICOS
DO SÉCULO 2 MUITAS VEZES CAÍAM EM FRAGRANTE IMORALIDADE OU RIGOROSO ASCETISMO. O ascetismo não foi tratado em 2 Pedro, mas
a imoralidade é claramente repreendida (2,13-19). Os FALSOS MESTRES
aparentemente usavam a liberdade messiânica como uma licença para pecar, especialmente
para cometer imoralidade sexual (2,14). Além do mais, eles eram culpados de
negar a Yahu (2,1), desprezar as autoridades e os seres celestiais (2,10) e
zombar da segunda vinda do Maschiyah O Mashiach (3,3-4).



Gênero literário e teologia. Após a saudação de praxe (1,1-2), o autor
recorda a índole da vocação messiânica
(1,3-11). Vivendo em comunhão com a
natureza divina (1,4), o messiânico
é chamado à santidade, que supõe a
fidelidade à palavra apostólica (1,12-21). De fato, a pregação messiânica não se apóia sobre fábulas fictícias (1,16), mas sobre o testemunho
apostólico e sobre a palavra dos profetas pelo Rúkha Qadôsh (1,21). [Espírito
Santo].
A seguir o autor lança
um violento ataque, em tom exaltado, contra os falsos mestres, cuja perversão
doutrinal e moral ele denuncia (2,1-22). O castigo deles é inevitável, como
outrora o dos anjos culpados e dos habitantes de Sodoma e Gomorra (2,6).
Após este longo trecho,
o desenvolvimento iniciado no cap. 1 prossegue com o problema criado pela
demora da parusia (3,3-13); o YHVH é paciente, mas seu dia chegará (3,9).
A carta termina com um
apelo á vigilância (3,14-18).
Mais do que com o gênero
epistolar propriamente dito, este escrito se aparenta com o gênero
“testamento”, freqüente nas tradições judaicas dessa época: um discurso de
despedida que se admite uma pessoa importante faça antes da morte permite
desenvolver alguns pontos de doutrina que convêm recordar à comunidade.
Será que esta epístola
de aspecto tão especial merece um lugar no NT? O leitor moderno, cioso do
“diálogo”, pode fazer tal pergunta diante da lista de insultos e injúrias
do cap. 2
Não obstante, a epístola
fornece enfoques precisos e novos sobre a interpretação e a inspiração das
Escrituras, como também sobre a formação do cânon; as profecias do AT e o
testemunho apostólico são postos no mesmo nível e servem de base para uma fé
sólida (1,19; 3,2). Em nenhum outro lugar do NT, a natureza inspirada das
Escrituras é afirmada tão explicitamente: “Nenhuma profecia da Escritura é o
objeto de interpretação pessoal: porque nunca uma profecia foi proferida pela
vontade humana, mas foi movidos pelo Rúkha Qadôsh que alguns homens falaram da
parte de Yahu” (1,20-21).
É também nesta epístola
que se encontra a primeira menção de uma coletânea de cartas de Paulo
(3,15-16), a qual, embora não contenha necessariamente todo o conjunto do
corpus Paulino é entretanto considerada como parte integrante das Escrituras.
Finalmente, a epístola
focaliza outro ponto de interesse, tratando resolutamente do problema da demora
da parusia: “Que é feito da promessa de sua vinda? Pois desde que os Pais
morreram, tudo continua como estava no início da criação” (3,4). O autor
denuncia com violência esta falta de fé e se esforça por dar uma resposta: o
dilúvio acontecido é uma prefiguração do juízo final, que o autor descreve
consciente as categorias de sua época (3,6). O mundo antigo será destruído
pelo fogo, para dar lugar a “novos céus e uma nova terra, nos quais habitará a
justiça” (3,13). Sobretudo a noção de tempo não existe para o YHVH: “Um
só dia é como mil anos e mil anos, como um dia” (3,8). A demora que se lhe
atribui provém apenas da sua amorosa paciência. Ele quer deixar a cada um o
tempo de se converter. Por isso, vivam todos desde já na santidade.
Através deste ensinamento escatológico, o autor recorda uma dimensão importante
da vida messiânica.


Adversários e destinatários. O autor denuncia “ímpios” que se
infiltraram na Igreja (2,1). Quem são eles? Convertidos à fé messiânica, eles a renegaram e ameaçam por então
perverter a comunidade, prometendo-lhe uma falsa liberdade (2,19). A heresia deles é simultaneamente
teológica – estes falsos doutores renegam o YHVH que os remiu e desprezam
os anjos (2,10-11) – e moral: eles levam uma vida devassa e são insaciáveis no
pecado (2,14).
Para os identificar,
tem-se falado de “GNÓSTICOS”; estes, julgando-se dotados de um conhecimento
superior e de uma total liberdade, professam o desprezo pela carne, mas nem por
isso deixam de levar uma vida dissoluta; assim se poderiam explicar os aspectos
moral e teológico de seus erros e a insistência do autor sobre o “conhecimento”
messiânico, que ele opõe à falsa ciência dos hereges
(1,2.3.5.8.12.16; 2,20.21; 3,17-18). Com relação ao seu desprezo pelas
“Glórias” (2,10) difícil é captar exatamente a alusão: cometem, eles, a juízo
do autor, o pecado de nomear os anjos? De fato, encontra-se no judaísmo – e em
particular entre os essênios – a menção a semelhante proibição, motivada
pelo respeito aos anjos e pelo temor de recorrer a seu nome para fins mágicos.
Ou, pelo contrário, negam-lhes eles toda realidade ou toda superioridade,
ultrapassando nisto o pensamento de Paulo, que se contentava em sublinhar a
inferioridade dos anjos com relação ao Mashiach (Ef 12,1; Cl 2,15)? É difícil
precisa-lo bem, pois, na longa série de invectivas do cap. 2 o autor se vale de
expressões convencionais, traçando, como foi dito, uma espécie de
“retrato-robô” do ímpio.
Os destinatários da
carta estão familiarizados com a ESCRITURA e as tradições apocalípticas
judaicas, às quais o autor faz numerosas alusões sem nunca as citar
explicitamente (exceto em 1,17): os anjos culpados (2,4), o dilúvio (2,5),
Sodoma e Gomorra (2,6-7), Balaão de Bosor (2,15), tradições referentes à origem
do mundo pela água e sua destruição pelo fogo.
Esta epístola,
especialmente em 2,1 – 3,3, e a de Judas acusavam ligações evidentes e
estreitas. Encontram-se nelas concepções muito parecidas, expressas
freqüentemente nos mesmos termos, aliás raros em todo o NT; as duas epístolas
parecem seguir o mesmo fio condutor. Assim, ambas polemizam contra os falsos
doutores qualificados, nos dois casos, de “céticos zombeteiros” (2Pe 3,3; Jd
18), que proferem enormidades (2Pe 2,18; Jd 16), banqueteiam-se sem vergonha
(2Pe 2,13; Jd 12); o pecado deles é comparado ao dos anjos culpados de Sodoma e
Gomorra e de Balaão.
A menos que 2 Pedro e
Judas se inspirem de modo independente num texto mais antigo – o que é pouco
verossímil – parece incontestável que 2 Pedro depende de Judas; em muitas
passagens, o texto parece secundário; em geral, o autor esclarece os passos
paralelos da epístola de Judas; suprime alguns elementos estranhos para
leitores menos informados a respeito das tradições apócrifas: o combate do
arcanjo Miguel (Jd 9), a prostituição dos anjos (Jd 6), a citação
de Henoc (Jd 14). Teria havido em 2 Pedro alguma reticência com relação aos
apócrifos? Difícil é resolve-lo.
De outra parte, 2 Pedro
levanta a objeção sobre a demora da parusia, enquanto em Judas a questão nem
sequer é aventada.
Estes diferentes
indícios revelam um ambiente solidamente enraizado nas tradições judaicas, mais
tardio do que o de Judas; é também mais aberto ao helenismo, como indicam, além
das omissões já apontadas, uma linguagem elegante, que não exclui sequer certa
preciosidade no abuso de palavras compostas e rebuscadas – chegou-se a contar
56 palavras que são empregadas unicamente nesta epístola: é a proporção mais
alta do NT. Seria esta epístola fruto de um esforço pastoral de conciliação
entre as tendências mais particularistas manifestadas na epístola de Judas, e
outras correntes mais abertas, como as que se manifestam nas epístolas de
Paulo? Provém ela de um esforço de síntese entre tendências diversificadas no
seio da Igreja primitiva?
Por outro lado, visto
esta epístola ter sido aceita primeiro na Igreja de Alexandria e contestada
pela da Síria, nós sugeriríamos de bom grado que ela provém de um ambiente
judeu-messiânico da Diáspora helenista.


Autor e data. O autor se identifica com o apóstolo Simão Pedro (1,1). Se, em 3,1, esta
carta é apresentada como a “segunda”, espontaneamente se pensa que a primeira
seja 1 Pedro. Além disso, o autor recorda sua presença na Transfiguração do
YHVH (1,16); enfim, ele anuncia sua morte como próxima (1,14).
Esta identificação
sempre discutida levanta uma série de dificuldades. De um lado, não se devem
urgir demais as indicações biográficas pelas quais o autor se identifica com o
apóstolo; isto pertence ao gênero literário dos “Testamentos”.
De outro lado, as
diferenças estilísticas são numerosas entre as duas epístolas; 599 palavras
divergentes contra 100 comuns. A problemática referente à escatologia não é a
mesma; esta diferença supõe que um lapso de tempo assaz longo separa as duas
epístolas.
O autor não parece
pertencer à primeira geração messiânica, que despareceu (3,4). A epístola é posterior
à de Judas, dotada comumente nos últimos decênios do século I. Enfim e acima de
tudo, como já vimos, ela contém uma menção explícita do cânon das Escrituras:
existe uma coleção de cartas de Paulo, que, embora incompleta, é contada entre
as “ESCRITURAS”, assim como os demais escritos apostólicos e proféticos.
Por outro lado, como não
é possível recuar demais a composição de uma epístola tão farta de tradições
judeu-messiânicas, pode-se propor como data provável de redação
o ano 125, período que exclui uma origem petrina direta. Entretanto,
poder-se-ia falar de um “círculo petrino”, no qual, para lembrar, em
continuidade aos ensinamentos do apóstolo, a necessidade de manter a fé, teria
sido composta esta carta em forma de testamento espiritual? Recordemos, a este
respeito que, segundo uma tradição de Eusébio (História Eclesiástica, II,
16,1), Marcos, que por certo tempo foi colaborador de Pedro (cf. 1Pe 5,13),
teria evangelizado Alexandria, ambiente em que esta epístola foi aceita por
primeiro.


Canonicidade. Justamente com o Apocalipse, este foi o livro
do NT que teve mais dificuldades para ser reconhecido como canônico. Foi
através da Igreja de Alexandria que esta carta penetrou lentamente no universo
das Igrejas. Ausente do
cânon de Muratori (pouco antes do ano 200), ela é citada pela primeira vez por
Orígenes (nascido em 185/6 e falecido em 254), que a aponta como contestada.
Eusébio (falecido em 340) ainda a relaciona entre os escritos controversos.
Foi só no século V que a
epístola foi reconhecida pela maioria das Igrejas e no século VI, na Síria. No entanto, por volta de 200, ela consta
de uma versão egípcia do Novo Testamento e, lá pelos fins do século III, no
papiro 72.

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