PAI E FILHO COMPARTILHAM O MESMO NOME:

PAI E FILHO COMPARTILHAM O MESMO NOME:
"NÃO HÁ SALVAÇÃO EM NINGUÉM MAIS!".

sábado, 3 de março de 2012

A LITERATURA.......:

LITERATURA

Durante esses anos terríveis de opressão e conflitos
internos, o povo judeu produziu uma grande quantidade de textos literários com
relatos e discussões de acontecimentos da sua era. Três das obras mais importantes
desse período são a Septuaginta, os Apócrifos e os Manuscritos do Mar Morto.
A Septuaginta. Diz a lenda judaica que setenta e dois
estudiosos sob os auspícios de Ptolomeu Filadelfo (c.250 a.C.) foram reunidos
na ilha de Faros, próximo a Alexandria, para produzir uma tradução grega do
Antigo Testamento em setenta e dois dias. Foi dessa tradição que nasceu o nome
em latim “Septuaginta”, que quer dizer setenta. Esse título é abreviado pelo
numeral romano para setenta, LXX.
Por trás da lenda, existe a probabilidade de que pelo
menos a Torá (os cinco livros de Moisés) tenha sido traduzida para o grego em
c. 250 a.C., com o objetivo de alcançar o público judeu da fala grega em
Alexandria. O restante do Antigo Testamento e alguns livros não canônicos foram
incluídos na Septuaginta antes do início da era cristã, embora seja
difícil determinar exatamente quando.
A Septuaginta não demorou a se transformar na Bíblia dos
judeus fora da Terra Santa que, como os alexandrinos, não mais falavam
hebraico. É praticamente impossível subestimar a influência desta obra, uma vez
que ela disponibilizou as Escrituras tanto para os judeus que haviam perdido a
sua língua ancestral quanto para todo o mundo de fala grega. Posteriormente, a
Septuaginta tornou-se também a Bíblia da Igreja primitiva. Sua ampla
popularidade e uso também contribuíram para que os Apócrifos fossem mantidos em
alguns ramos do Cristianismo.
Os Apócrifos. Derivada de um termo grego que
significa “oculto”, a designação “apócrifo” adquiriu com o tempo a conotação de
algo “falso”, mas, num sentido técnico, descreve um conjunto específico
de textos. Essa coletânea é constituída de vários livros e acréscimos aos
livros canônicos que, com exceção de 2 Esdras (c. 90 d.C.), foram escritos
durante o período intertestamentário. Em decorrência de um processo histórico
bastante complexo, o Cristianismo católico romano e o
oriental reconheceram esses livros como obras que têm autoridade.
É provável que os limites do cânon hebraico do Antigo
Testamento, aceito nos dias de hoje pela maioria dos protestantes, tenham sido
definidos no início do século 2º. d. C. Apesar das discordâncias entre os pais
da Igreja quanto à canonicidade de alguns livros, os Apócrifos (que faziam
parte da Septuaginta) continuaram a ser de uso comum pela maioria dos cristãos
até a Reforma. Nesse período, os protestantes decidiram seguir o cânon
hebraico original, enquanto os católicos romanos ratificaram no
Concílio de Trento (1546) e, mais recentemente, no Primeiro Concílio do
Vaticano (1869-1870) o cânon “Alexandrino” mais amplo que inclui os Apócrifos.
Os livros apócrifos mantiveram o seu lugar
principalmente por causa do peso da autoridade eclesiástica, sem a qual não
teriam preenchido os requisitos de canonicidade. {Ou seja, somente pela
vontade “humana”; e, talvez por interesses políticos da “igreja” – “Estado” –
daquela época...}. Anselmo Estevan. Não há nenhuma evidência clara de que Yaohushua
e ou os apóstolos tenham citado alguma das obras apócrifas como
Escrituras inspiradas. A própria comunidade judaica, na qual esses textos foram
produzidos, os repudiou e os levantamentos históricos feitos nos sermões
apostólicos registrados em Atos ignoram completamente o período do qual
eles tratam. Até mesmo o relato histórico sóbrio de 1 Macabeus é desdourado
por inúmeros erros e anacronismos.
Além de não apresentarem nada de valor doutrinário que
não possa ser encontrado nas Escrituras canônicas, os Apócrifos contém vários
elementos que conflitam com os ensinamentos escriturísticos. Não obstante,
esse conjunto literário representa uma fonte valiosa de informação para o
estudo do período intertestamental.
Os Manuscritos do Mar Morto. Em 1947, um pastor de
ovelhas árabe deparou com uma caverna
nas colinas da costa sudoeste do mar Morto. Dentro dela, encontrou o que
foi chamado de “maior descoberta de manuscritos dos tempos modernos”. Os
documentos e fragmentos de documentos encontrados nessas cavernas ficaram
conhecidos como “Manuscritos do Mar Morto” e incluíam livros do Antigo
Testamento, alguns dos Apócrifos, obras apocalípticas, pseudepígrafos (livros
escritos por autores que se faziam passar por heróis da fé da Antiguidade) e
vários livros característicos da seita que os produziu.
Cerca de um terço do que foi encontrado era constituído
de livros bíblicos, sendo Salmos, Deuteronômio e Isaías – os livros mais vezes
citados no Novo Testamento – os de ocorrência mais freqüente. Uma das
descobertas mais extraordinárias foi um rolo completo do livro de Isaías com
quase oito metros de comprimento.
Os Manuscritos contribuíram de modo significativo para a
busca por uma forma dos textos do Antigo Testamento que refletisse com mais
precisão os manuscritos originais, uma vez que forneceram cópias mil anos mais
próximas dos originais do que os textos conhecidos até então. A compreensão do
aramaico e do hebraico bíblico e o conhecimento acerca do desenvolvimento do
judaísmo entre os testamentos aumentaram consideravelmente em decorrência dessa
descoberta. Uma característica dos Manuscritos de grande relevância para os
leitores da Bíblia é o cuidado evidente com o qual os textos do Antigo
Testamento foram copiados, dando provas concretas de sua confiabilidade geral.

Nenhum comentário:

Postar um comentário