PAI E FILHO COMPARTILHAM O MESMO NOME:

PAI E FILHO COMPARTILHAM O MESMO NOME:
"NÃO HÁ SALVAÇÃO EM NINGUÉM MAIS!".

sábado, 3 de março de 2012

Y'HUDAH


CARTA GERAL/CATÓLICA

EPÍSTOLA DE JUDAS



INTRODUÇÃO



Visão geral
Autor: Judas, o irmão de Yahushúa.
Propósito: Combater o
falso ensino de que a liberdade e a salvação dos messiânicos pela graça dão a eles licença para pecar.
Data: 65-67 d.C.
Verdades fundamentais:
Um castigo rigoroso
aguarda aqueles que se rebelam contra (ELORRÍM) ELOHÍM Yahu e O Mashiach – O
UNGIDO – YahuShúa.
Os messiânicos (seguidores do Messias) devem resistir com vigor aos falsos mestres
na Igreja.
A liberdade messiânica e a livre graça de Elohím Yahu não dão aos messiânicos, licença para
pecar.
Os messiânicos são responsáveis por procurar ativamente fazer boas obras e crescer
espiritualmente.


Propósito e características
O principal interesse de Judas nessa epístola
era denunciar os falsos mestres. Ele confrontou uma ameaça semelhante àquela
que 2 Pedro se contrapôs: falsos mestres que usavam a liberdade messiânica e a livre graça de Elohím Yahu como licença para a imoralidade (v. 4;
cf. as notas sobre 2Pe 2,2.14). A maior parte da epístola (vs. 4-19) é dedicada
às condenações severas dos falsos mestres a fim de impressionar os leitores com
a seriedade da ameaça. A estratégia de Judas era, contudo, mais do que uma
simples oposição negativa. Ele também insistiu com seus leitores para que
crescessem no conhecimento da verdade messiânica (“edificando-vos
na vossa fé santíssima”, v. 20) para dar um firme testemunho da verdade
(“batalhardes, diligentemente, pela fé”; v. 3) e procurar recuperar aqueles
cuja fé estava oscilando (“arrebatando-os do fogo”; v. 23). Essa prescrição
para confrontar os erros espirituais é tão oportuna hoje quanto era quando na
época em que foi escrita.
Judas é também notável
pelo seu uso de materiais não canônicos. Conquanto as alusões a materiais
extrabíblicos e citações deles sejam relativamente raras no Novo Testamento,
esse uso ocasional não é de admirar, especialmente dada aceitação de obras
religiosas não canônicas durante esse período de tempo e do desejo dos
escritores do Novo Testamento de comunicar a mensagem do evangelho em linguagem
e termos familiares a seus leitores. Outros exemplos incluem o uso semelhante da
literatura apocalíptica por Pedro (2 Pedro) e o uso de Paulo das elaborações da
tradição de Êx 7,11 em 2Ts 3,8, bem como as citações que ele fez dos poetas
pagãos (At 17,28; 1Co 15,33; Tt 1,12). O uso desses materiais para propósitos
ilustrativos ou como um apelo subsidiário à SABEDORIA convencional não implica
nem a inspiração desses documentos não canônicos e nem a exatidão de todos os
materiais que eles contêm.



O leitor moderno corre o
risco de ficar desconcertado com a Epístola de Judas, cuja mentalidade lhe
parecerá estranha: é que muitas alusões podem escapar-lhe.
Esta epístola previne o
leitor contra falsos doutores, difíceis de identificar. O retrato dos
adversários inclui traços convencionais, clichês da literatura polêmica do
judaísmo contemporâneo da era messiânica: esses homens são glutões, devassos,
gananciosos, interesseiros... São acusados de introduzir divisões na Igreja, de
insultar ao anjos, de renegar o YHVH Yahushúa O Mashiach (Maschiyah). Tratar-se-ia
de gnósticos, de pessoas com pretensão a ser os detentores do único verdadeiro
conhecimento (gnose) que salva e em nome do qual desprezam a carne,
entregam-se a vícios contra a natureza e põem em dúvida a Encarnação? Isto
explicaria por que o autor os chama, ironicamente, de “psíquicos” (v. 19):
eles, que se gabam de possuir uma essência superior, são na realidade movidos
por seus próprios instintos e não pelo Rúkha Qadôsh (Espírito Santo). Não
obstante, é difícil delimitar as suas doutrinas. Só tentaremos caracterizar o
ambiente do autor.
Este ambiente se
manifesta em estreita conexão com os círculos que, a partir do século II a.C.,
viram a elaboração da literatura apocalíptica e transmitiram obras como o livro
de Henoc, a Assunção de Moisés, os Testamentos dos Doze Patriarcas. O autor cita
até textualmente uma passagem do livro de Henoc (vv. 14-15) e utiliza tanto a
própria Assunção de Moisés, como um documento parecido (v. 9).
Esse mesmo ambiente dá
ainda grande importância à veneração de certas categorias angélicas (v. 8);
caracteriza-se pelo horror à contaminação e pela separação dos ímpios, quando
considerados incuráveis: “Execrando-se até a túnica contaminada pela carne”
deles (v. 23). Estas concepções – opostas às concepções propriamente paulinas –
encontram-se na literatura qumrânico-essênia, na qual circulavam igualmente as
obras apocalípticas acima mencionadas. Há aí um elemento interessante para
tentar definir os círculos judeu-messiânicos em que foi elaborada a Epístola de Judas.
Todavia, a veneração do autor pelos anjos não prejudica a sua christólogia,
já que ele confessa, contra os adversários, o “YHVH YahuShúa Maschiyah” (v. 4);
Yahushúa é aquele em quem é necessário pôr a própria expectativa para a vida
eterna (v. 21).
É também numa linha
apocalíptica que se situa a pregação da epístola a respeito do julgamento dos
ímpios. O castigo virá inexoravelmente; já está prefigurado na condenação dos
anjos culpados, na punição de Sodoma e Gomorra, no extermínio das gerações
incrédulas no deserto. Repare-se na mentalidade tipológica que subjaz a estes
exemplos. Os ímpios aparecem já castigados pelas grandes condenações de
outrora; o autor chega até a dizer que eles pereceram na revolta de Core (v.
11). O presente já está anunciado e contido no passado. Esta atualização da
Escritura prolonga concepções judaicas: ela é marcada por uma época; mas é um
jeito de afirmar que as maneiras de agir de ‘Elo(rr)hím(i) Yahu permanecem
idênticas, e que a Escritura continua como norma sempre válida para o tempo
presente. (Observe que não é a “Bíblia” mas sim a: “ESCRITURA SAGRADA QUE É
COLOCADA EM PAUTA...!”) grifo meu.
O autor da epístola
apresenta-se como senso Judas, irmão de Tiago. De fato, o Novo Testamento fala
de Tiago e Judas, irmãos do YHVH, irmãos também de Joset (ou José) e de Simão
(Mc 6,3; Mt 13,55). Tratar-se-ia pois de Judas, distinto de Judas Tadeu, um dos
Doze, citado em Lc 6,16; At 1,13 (cf. Mc 3,18; Mt 10,3). Mas terá sido mesmo
ele o autor desta epístola? Com efeito, algumas indicações da epístola
revelam-se pós-apostólicas (no v. 3 fala-se da fé transmitida aos santos e,
sobretudo, no v. 17, do ensinamento dos apóstolos, que parecem pertencer em
bloco ao passado): o autor deve, portanto, basear-se em ensinamentos de Judas,
irmão do YHVH. Nas esferas em que ele vivia, veneravam-se os irmãos de
Yahushúa, Tiago e Judas, e se divulgavam os seus ditos. Por outro lado, não se
poderia atrasar demais a data de uma epístola que deita tais raízes num
ambiente judaico antigo. Pode-se pois considerar como data os anos entre 80-90.
Apesar de seu caráter
particular, a Epístola de Judas foi reaproveitada pela segunda epístola de
Pedro (cf. a introdução a 2Pe). Devia, portanto, gozar de certa notoriedade e
não se poderia minimizar a força da corrente judeu-messiânica que a subtende e da qual ela nos fornece
aspectos desconhecidos. Sua admissão no cânon apresentou dificuldades,
principalmente nas igrejas da Síria. No século IV, Eusébio observa que alguns a
contestam. Mas, por outro lado, ela é citada como Escritura pelo cânon de
Muratori (pouco antes do ano 200) e por Tertuliano (por volta do ano 200); é
comentada por Clemente Alexandrino (inícios do século III) e citada por
Orígenes (nascido em 185/6, falecido em 254). Foi, portanto, aceito muito cedo
em Roma. Alexandria e Cartago. Segundo Jerônimo (nascido cerca de 345 e
falecido por volta de 420), as reticências que envolvem a epístola deviam-se
aos empréstimos feitos por ela a escritos não reconhecidos pelas Igrejas.

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