PAI E FILHO COMPARTILHAM O MESMO NOME:

PAI E FILHO COMPARTILHAM O MESMO NOME:
"NÃO HÁ SALVAÇÃO EM NINGUÉM MAIS!".

sábado, 3 de março de 2012

EFÉSIOS

EPÍSTOLA DE PAULO AOS

EFÉSIOS



INTRODUÇÃO


Visão geral
Autor: O apóstolo Paulo.
Propósito: Ensinar aos messiânicos em Éfeso a maravilha e as implicações práticas de ser a Igreja de
Maschiyah.
Data: 60-62 d.C.
Verdades fundamentais:
A Igreja havia recebido
bênçãos maravilhosas pela sua união com Maschiyah.
A Igreja foi levada
da morte para a vida em Maschiyah.
A Igreja se estenderá
mundialmente com judeus e gentios unidos em Maschiyah.
A Igreja deve batalhar
pela unidade em Maschiyah.
A Igreja deve viver nos
caminhos de Maschiyah, não retornar aos caminhos do mundo pecador.
A Igreja deve buscar em
Maschiyah forças para o combate espiritual.


Propósito e características
Assim como a carta aos Romanos, Efésios
fornece uma compreensão única da teologia de Paulo, pois foi escrita quando
Paulo pôde dar-se ao luxo de não ter de tratar de uma controvérsia local
importante. O que se destaca em Efésios é a reverência com a qual o mistério da
Igreja é consumado.
Efésios descreve a
Igreja como a nova humanidade de Yaohu, uma colônia na qual o YHVH da História
estabelece um antegosto de unidade e da dignidade renovadas da raça humana
(1,10-14; 2,11-22; 3,6.9-11; 4,1 – 6,9). A Igreja é uma comunidade na qual o
poder de Yaohu para reconciliar homens e mulheres consigo mesmo é experimentada
e, depois, compartilhada em relacionamentos transformados (2,1-10; 4,1-16; 4,32
– 5,2; 5,22 – 6,9).


EPÍSTOLAS PAULINAS:
(5ª).

Objeto e conteúdo da epístola. O tema central da Epístola aos Efésios é o
desígnio de Yaohu (o mistério), ficando desde toda a eternidade, oculto durante
os séculos; realizado em Yaohushua – O UNGIDO – Maschiyah, revelado ao
apóstolo, desenvolvido na Igreja. Esta é celebrada como uma realidade
universal, simultaneamente terrestre e celeste, ou melhor, como a realização
atual da obra de Yaohu, a da nova criação. A sua expansão, a partir da cabeça,
Maschiyah, até a plenitude das dimensões previstas por Yaohu, constitui a vasta
perspectiva para a qual o autor dirige em olhares dos crentes. Esse dinamismo
exprime-se nas imagens entrecruzadas do crescimento do corpo e da edificação da
casa de Yaohu. Integradas pelo batismo neste corpo, no qual estão reunidos
Israel e as nações pagãs, os messiânicos se tornaram
criaturas novas, pelo louvor, o conhecimento e a obediência. Eles figuram como
núcleo central da reunificação do universo.
A epístola se divide em
duas partes iguais e fáceis de distinguir.
1. A primeira (caps. 1 –
3) evoca a Igreja como plenificação da obra de Yaohu, num estilo característico
que decorre ao mesmo tempo da liturgia e do magistério. Ela principia com uma
bênção no estilo especifico do culto judaico (para alguns, esta passagem se
estenderia até o fim de Ef 3). A celebração da graça ilimitada de Yaohu
(1,3-14) constitui o seu trecho mais bem definido. Uma oração de iluminação vai
dar na exaltação de Maschiyah, Yaohu do universo e cabeça da Igreja (1,15.23).
Ef 2 evoca a grande viravolta operada em Yaohushua O UNGIDO: o que estava morto
está vivo (1 – 10), o que estava dividido e alienado acha-se reconciliado (11 –
22); a salvação pela graça atinge a cada um e, por conseguinte, reúne em
Maschiyah todos os homens; doravante, não existe mais barreira entre Israel e
as nações pagãs, e a reconciliação deles anuncia a
reconciliação do universo inteiro. O artífice desta reconciliação é o apóstolo:
Ef 3 revela a posição de Paulo no desígnio de Yaohu (vv. 2-13) e toda a
primeira parte termina com uma oração de adoração que conta o amor
incomensurável de Maschiyah (3,14-19) e conclui com uma doxologia (3,20-21).
2. A segunda parte (caps.
4 – 6) pode intitular-se: exortação aos batizados, exortação que decorre da
celebração. O apóstolo chama a comunidade a viver na unidade e, para que isso
aconteça, evoca assaz detidamente a edificação e o crescimento do corpo de
Maschiyah, graças aos ministros que lhe são dados (4,1-16). As instruções que seguem voltam a
tratar dos temas tradicionais do catecismo primitivo: convite a abandonar a
antiga maneira de viver para abraçar a nova, revestindo-se de Maschiyah
(4,17-31), imitando a Yaohu (4,32 – 5,2), passando das trevas para a luz
(5,3-20). O quadro das novas relações instauradas em Maschiyah (5,21 – 6,9)
contém a bem-conhecida exposição sobre a união conjugal de Maschiyah com sua
Igreja (5,25-32). Vem finalmente o apelo a envergar a armadura do messiânico para sustentar o combate contra as potências celestiais (6,10-17).
Imagens e temas são tomados do AT e às vezes se inspiram em Qumran ou mesmo na
filosofia popular, mas a epístola os renova pela iluminação que vem de
Maschiyah.
Efésios
termina com uma exortação à oração (6,18-20) e breves mensagens (6,21-22) que
introduzem a saudação final (6,23-24).
Irmãos e Irmãs
leitores (as): “De forma alguma poderia deixar passar, Efésios, sem fazer uma colocação de suma
importância!” Vejam esses dois estudos bíblicos que se entrelaçam entre si a
nosso favor.:
- O verdadeiro Batismo no Rúkha hol –
RODSHUA: Efésios 1,13-14 Em quem
também vós, depois que ouvistes a palavra da verdade, o evangelho da vossa
salvação, tendo nele também crido, fostes selados com o Rúkha hol – RODSHUA da promessa; o qual é o penhor da nossa
herança, até ao resgate da sua propriedade, em louvor da sua glória!

1,13, selados. Como a impressão indelével deixada pelo selo
do anel de um rei, o Rúkha hol –
RODSHUA é uma marca interior da
posse de Yaohu sobre o seu povo o
qadôsh Rúkha da promessa. Como
Yaohushua disse (Lc 24,49), o Rúkha
hol – RODSHUA é a promessa do Pai.
De modo notável, essa promessa é estendida aos gentios, bem como aos judeus,
com base na crença deles em Maschiyah (Ez 36,26-27; Jl 2,28; Jo 14 – 16; At
1,4-5; 2,33.38-39; Gl 3,14; 4,6).

Catecismo Maior de
Westminster:
Pergunta 72. O que é a fé justificadora?
Resposta: A fé justificadora é a que salva. É operada pelo Rúkha e pela Palavra de Yaohu no coração do pecador, o qual, sendo por eles
convencido do seu pecado, da sua miséria e da sua incapacidade e da das demais
criaturas para o restaurar desse estado, não somente aceita a verdade da
promessa do evangelho, como também recebe e confia em Maschiyah e na sua justiça,
que lhes são oferecidos no Evangelho para o perdão dos pecados e para que a sua
pessoa seja aceita e reputada justa diante de Yaohu, para a salvação.
Referências bíblicas.
Hb 10,39;
1Co 12,3.9; Rm 10,14.17; Jo 16,8.9; At 16,30; Ef 1,13; At 10,43; Fp 3,9; At
15,11.

Pergunta 81. Todos os
crentes sempre têm a certeza de que estão no estado da graça e de que serão
salvos?
Resposta: A certeza da graça e da salvação, não sendo da essência da fé, os crentes
verdadeiros podem esperar muito tempo antes de consegui-la; depois de desfrutar
dela, podem senti-la enfraquecida e interrompida por muitas perturbações,
pecados, tentações e deserções, contudo, eles nunca são deixados sem a presença
e o apoio do Rúkha de Yaohu, que os guarda de caírem em desespero absoluto!
Referências bíblicas.
2Pe 1,10;
1Jo 5,13; Sl 77,7-9; 22,1; 31,32; 73,13-15.23;1Jo 3,9; Is 54,7-11.

Limpos pela PALAVRA – O
ÚNICO E VERDADEIRO BATISMO NO RÚKHA HOL – RODSHUA: Jo 13,10; 15,3; 2Tm 1,9; Efésios 4,5-6; 1Co 6,11; Hb 10,22; 1Pe
1,3.23; Rm 12,2; Ef 5,26; Jo 14,16; Ef 1,13; 1,14; 4,30; 2,8-10! Maschiyah, que
tinha que fazer parte conosco para sofrer por nós foi batizado nas águas para
dar o “início dos seus sofrimentos e assim receber o Rúkha hol - RODSHUA – Como
estava escrito nas Escrituras... pois Ele tinha que ser identificado como
tal...! E, isso tinha que acontecer naquela época para que cressem... e, assim
foi. Mas quem o recebe e está na sua Palavra já está limpo não precisa refazer
o que ele fez por nós de novo...?! Somente estando nas suas Palavras já estamos
limpos! Se crermos de verdade e observarmos o que nos foi deixado escrito
(Escrituras Sagradas), e, as pormos em prática, já somos novas criaturas pois
estamos em novas atitudes... não precisando refazer o que ele fez por toda a
humanidade. Então existe um único Batismo não de regras humanas mas no
Filho de Yaohu...!”. Pois o que adianta ser batizado nas águas... e se podemos
cair de novo e de novo...?! E, se só há uma Salvação No Filho!! Pois a Palavra
mesma diz: “Aquele que está em pé, cuidado para que não caia...” (1Co 10,12).

Essa é a glória (Para Glória) – de Yaohu [Um
só Batismo], conhecido nos céus... Aos “Anjos...!”.

Efésios 3,8-10: A mim, o menor de todos os santos, me foi dada esta graça de pregar aos
gentios o evangelho das insondáveis riquezas de Maschiyah e manifestar qual
seja a dispensação do mistério, desde os séculos, oculto em Yaohu, que criou
todas as coisas, para que, pela Igreja, a multiforme sabedoria de Yaohu se
torne conhecida, agora, dos principados e potestades nos lugares celestiais,
segundo o eterno propósito que estabeleceu em Maschiyah Yaohushua, nosso YHVH,
pelo qual temos ousadia e acesso com confiança, mediante a fé nele!

Pela Igreja. Isto é, pela incorporação de judeus e gentios juntos num corpo em
Maschiyah, se torne conhecida...
nos lugares celestiais. Paulo já
havia mencionado “o príncipe da potestade do ar” (2,2) e retomaria a batalha
dos messiânicos contra os seus inimigos celestiais (6,10-17).
É útil relembrar a sua controvérsia com os falsos mestres em Colossos. Ele
havia argumentado em sua epístola àquela Igreja que Yaohushua é YHVH de todas
as coisas, incluindo o mundo espiritual, e também que é em Yaohushua, e em
Yaohushua apenas, que céu e terra são reconciliados (Cl 1,15-20; 2,8-23). Paulo
via o estabelecimento da paz entre judeus e gentios na Igreja como um sinal
para os poderes cósmicos. Do ponto de vista de sua cultura, não havia maior
divisão na raça humana do que entre judeus e gentios. O fato de eles poderem
ser unificados radicalmente uns com os outros em Maschiyah era uma demonstração
da profunda sabedoria de Yaohu (Is 55,8-9; 1Co 2,6-10), e servia como prova
para os poderes celestiais de que Yaohushua é realmente YHVH do Universo
(1,20-23).

Bem, acho que já dá para expor o meu ponto
de vista: Satanás, ficou enciumado com a “Criação de Yaohu” – o Ser Humano...!
E, premeditou toda a “queda para a criação de Yaohu...!!”. Só que Nem nos Céus,
e Nem na Terra, era conhecido o PLANO de YAOHU para com sua criação. Por
isso a palavra GLÓRIA – para seu Nome... vêm desses dois estudos. Que
principalmente as suas criações – Os ANJOS – não acreditavam que por uma única
palavra e por um “’Elo(rr)hím(i)” se tornar Humano – poderia restabelecer uma
união que era impossível aos olhos mesmo de sua criação em forma de anjos... A
NOSSA SALVAÇÃO – O EVANGELHO!
Você viu como funciona... há muito tempo eu
tinha essa idéia...! Mas, viu o que foi e é preciso para expor a mesma
simplesmente se fazer entender...É assim que funciona toda a Palavra de Yaohu!
É como plantar uma semente num vaso... mas só temos a “semente”..., todo o
resto precisa ser providenciado, cuidado cultivado... para que cresça e
viva.... É isso irmãos, e irmãs: não desistam nunca somente precisamos de uma
coisa CRER no SEU ÚNICO FILHO. Somente isto. Por isso quero saber seu
verdadeiro Nome pessoal e intransferível. Yaohushua.
Anselmo
Estevan.


Circunstâncias
e características da epístola.
a) Efésios faz parte das chamadas cartas do
cativeiro. O quadro histórico é o de colossenses e de Filemom. Paulo está preso
(Ef 3,1; 4,1; 6,20; cf. Fm 9,10.13.27;
Cl 4,3.10.18), rodeado dos mesmos companheiros, encarrega Tíquico de idêntica
missão (Cl 4,7-8; Ef 6,21-22).
b) Entretanto, essas
comparações são de tal natureza que criam um problema. Constata-se, a propósito
de Efésios, que todos os pormenores relativos aos dados históricos são tomados
quase literalmente de Colossenses (Ef 6,21-22). Além disso; o apóstolo não
conhece pessoalmente ou seus destinatários (1,15); por conseguinte, não se pode
tratar da Igreja de Éfeso, onde Paulo teve uma estada prolongada. Aliás, os
manuscritos nos alertam logo no primeiro versículo, visto muitos deles omitirem
a indicação de Éfeso (cf. Ef 1,1 nota); desde a Antiguidade, houve quem
supusesse que a epístola houvesse sido dirigida à Igreja de Laodicéia, próxima
de Colossos, que, segundo Cl 4,16, recebeu uma carta do apóstolo, carta esta da
qual não achamos vestígio algum, exceto este.
c) Os traços de
parentesco entre Efésios e Colossenses concernem também ao estilo: recurso aos
desenvolvimentos litúrgicos, sintaxe muitas vezes sobrecarregada, abundância de
sinônimos, encadeamentos de complementos, expressões no particípio, analogias
de vocabulário, influências sapienciais. As características de Colossenses são
aqui acentuadas e os semitismos, mais numerosos.
d) Enfim, é preciso
fazer o levantamento dos mais marcantes desenvolvimentos paralelos:

Efésios Colossenses
1,6-7 1,13-14
1,13 1,5
1,15 1,9
1,15-16 1,3-4
2,1.5 2,13
2,2-3 3,7
3,1-13 1,24-29
4,15-16 2,19
4,22-24 3,9-10
5,6 3,6
5,19-20 3,16-17
5,21 – 6,9 3,18 – 4,1
6,18-20 4,2-4
6,21 4,7

A relação
Efésios-Colossos constitui um dos enigmas do NT, para o qual ainda não foi
encontrada solução plenamente satisfatória. Eis as principais hipóteses que
foram propostas:
1. Alguns poucos
consideram a carta aos Efésios um texto Paulino, que o autor de Colossenses
teria em seguida remanejado para dar mais peso à sua mensagem.
2. A opinião mais comum
vê nessas cartas duas mensagens que o apóstolo enviou quase ao mesmo tempo a
Igrejas vizinhas, inspirando-se em Colossenses para compor Efésios. Neste caso,
Efésios representa o último estágio do pensamento do apóstolo. Prisioneiro em
Roma, Paulo quer legar às comunidades, talvez sob a forma de uma carta
circular, a sua suprema meditação sobre o mistério da salvação e da Igreja.
3. Para outros, após ter
composto Colossenses, Paulo cofiou a um secretário ou a um discípulo muito
próximo o cuidado de dirigir uma segunda mensagem. Isto explicaria o parentesco
entre os dois textos e suas divergências, ao mesmo tempo que alguns desvios
observáveis em Efésios.
4. Enfim, vários motivos
importantes inclinam não poucos especialistas a considerar que a epístola
pertence a uma época mais tardia, a da geração pós-apostólica e que ela emana
de um meio profundamente marcado pelo apóstolo.
Por suas
características, ela faz pensar em uma bênção-exortação pronunciada oralmente
no decurso de um ato de culto, transformada depois em epístola, de maneira a
poder figurar na coleção das cartas
paulinas. Constata-se, por outro lado, que Efésios volta a tratar dos temas
desenvolvidos alhures, mas de tal maneira que a relação de Efésios com Romanos,
1 Coríntios, Gálatas e até com Colossenses se explica menos por uma dependência
direta do que por reminiscências, e uma evocação dos motivos provenientes da
pregação apostólica. Enquanto Colossenses, em particular, mostrava-se mais
semelhante a outras cartas de Paulo pelo estilo e a apresentação, Efésios é
mais rica em temas tipicamente paulinos (nem a salvação pela graça, nem o povo
de Yaohu, nem o Rúkha qadôsh aparecem em Colossenses). As afinidades com
Qumran são mais freqüentes; ora, a influência essênia tendia mais a se exercer
na catequese habitual da segunda geração. Nota-se enfim a influência exercida
pela literatura sapiencial, já perceptível em Colossenses: os termos de
sabedoria, ministério, plenitude se multiplicam e talvez já estejam marcadas
por certas observações que resultariam na gnose.
Enfim, a fixação de uma
data ulterior para a epístola explicaria as relações que existem entre Efésios
e as epístolas pastorais, se consideradas como posteriormente a Paulo, e também
com a tradição joânica; e, neste caso, um mesmo meio pode ser-lhe atribuído:
Éfeso. Mas é sobretudo um exame da sua teologia que permite definir o caráter
particular da epístola.


Teologia da epístola: enraizamento Paulino
e horizonte novo. Seja como for, a
Epístola aos Efésios está profundamente marcada pelo pensamento do apóstolo
Paulo. Mas são esses vínculos impressionantes que levantam problemas.
Enumeremos rapidamente:
- A Grande obra de Yaohu
realizada em Yaohushua O UNGIDO está fixada no âmago da mensagem; o batismo
significa de modo decisivo a participação dos messiânicos no destino de
Maschiyah.
- O anúncio e a
celebração da graça divina dão ao texto a sua nota dominante, desde a bênção
inicial (1,3-14) até as exortações finais (2,1-10; 4,7).
- A reconciliação do
mundo é vinculada à derrubada da barreira que isolava Israel das outras nações;
doravante os pagãos são plenamente cidadãos do Reino de Yaohu
(2,11-22).
- O ministério de Paulo
cumpre a missão de Yaohu (3,2-13).
- A Igreja é definida ao
mesmo tempo como sendo o povo de Yaohu e o corpo de Maschiyah. Aliás, Efésios
não entra em nenhuma especulação cosmológica; a revelação é concedida, não sob
forma de teoria ou sistema, mas na e pela comunidade messiânica, explicitação do “mistério”.
No entanto, esta herança
paulina sofre uma transformação profunda que não pode ser atribuída
simplesmente aos temas novos surgidos em Colossenses. Os prolongamentos que
então se esboçavam são doravante tão bem-acentuados que delineiam uma figura
original de conjunto.
Toda a expectativa do
fim não se esvaiu; todavia, à tensão presente-futuro sucede outra; a salvação
realizada em Maschiyah e revelada na Igreja deve lograr a sua plena dimensão
graças ao crescimento do corpo, que repercute até nas esferas celestes (1,22; 4,8-10). A salvação torna-se uma realidade em vias de plenificação. O messiânico já está salvo (Ef 2,8), os batizados, “ressuscitados e elevados
com Maschiyah” na glória.
Da mesma forma, o
anúncio da graça não se situa mais no contexto escatológico do grande processo
entre Yaohu e seu povo. As categorias jurídicas cederam lugar à “mística”;
encontramo-nos no ponto de partida da evolução que aproximaria o messianismo das religiões de salvação. O mesmo pode-se dizer no que concerne à
relação entre Israel e as nações. Em Romanos, a reunião faz-se pela adição da
totalidade de Israel e da totalidade dos pagãos que permanecem
distintas; em Efésios, por uma conjunção na qual toda a diferença jaz no
passado. Por um lado, a expectativa apocalíptica da conversão final de Israel e
a angústia do apóstolo a respeito do seu povo; por outro, a certeza de um
encontro já realizado na Igreja. Em Romanos, a dialética é de tipo jurídico, em
Efésios, a reconciliação tem um caráter, ao mesmo tempo, ético e cósmico (cf.
Rm 9 – 11 e Ef 2,11-21).
Nas epístolas
anteriores, a Igreja designava em geral as comunidades locais; em Efésios, em
seguimento a Colossenses, ela é considerada como uma realidade universal, quase
personificada, como o foi a Sabedoria de Yaohu. Efésios transpõe para o plano
universal os desenvolvimentos paroquiais e concretos de 1 Coríntios. De
temporal, inserida na história, a Igreja tende a aparecer como eterna. Em
Colossenses, o pleroma vinha habitar Maschiyah; agora, a Igreja é o pleroma de
Maschiyah. As afirmações sobre Maschiyah, cabeça do universo, tornam-se afirmações
sobre a Igreja. O tema do corpo, estreitamente mesclado com a da casa de Yaohu,
recebe a sua última formulação e se enriquece com o novo desenvolvimento sobre
o mistério da união de Maschiyah com sua Igreja, modelo da união conjugal, em
que se exprimem a soberania de Maschiyah e a responsabilidade da Igreja.
Quer se trate de Paulo,
no findar da sua carreira, ou de um dos seus secretários valendo-se das
instruções dadas, quer se trate de um dos seus herdeiros, em face da crítica
situação atravessada pelo messianismo após a geração apostólica, a verdade é que o
autor de Efésios esboçou, de par com Mateus, Lucas e João, uma das grandes
respostas dadas pelos messiânicos de então ao problema de seu próprio futuro.
Ele quer levar os fiéis a tomar plena consciência de que o mundo sofreu uma
mudança radical após a morte e a elevação de Maschiyah. Avalia e celebra o dom
de Yaohu, dom que, doravante, vê inserido na formação da Igreja. Nesta Igreja,
ele percebe o penhor de uma situação irreversível.
De qualquer forma,
convém ler a Epístola aos Efésios menos como uma carta de circunstância do que
como uma exposição lírica e didática da fé messiânica.

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