PAI E FILHO COMPARTILHAM O MESMO NOME:

PAI E FILHO COMPARTILHAM O MESMO NOME:
"NÃO HÁ SALVAÇÃO EM NINGUÉM MAIS!".

sexta-feira, 2 de março de 2012

INTRODUÇÃO AO: TANAKH TODOS OS LIVROS DO AT:

JOSUÉ;
JUÍZES; RUTE; 1 e 2 SAMUEL; 1 e 2 REIS; 1 e 2 CRÔNICAS; ESDRAS/NEEMIAS; ESTER.

INTRODUÇÃO AO: “ANTIGO
TESTAMENTO”.

(Livros Históricos):


A Bíblia em português é
organizada com base na Septuaginta (a tradução grega do AT). Dentro desse
arranjo, os livros do Josué a Ester são considerados livros históricos. A maior
parte desses livros pode ser divida em dois grupos:
1. A história deuteronômica: de
Josué a Reis (exceto Rute).
2. A história cronística:
Crônicas, Esdras e Neemias.

Esta forma de organização difere da ordem da Bíblia
hebraica, que chama a história deuteronômica de Profetas Anteriores e inclui
Esdras, Neemias e Crônicas nos “outros livros” dos Escritos. Rute e Ester se
destacam dessas duas histórias editadas tanto nas discussões acadêmicas modernas
quanto na Bíblia hebraica, onde são incluídas nos cinco Rolos. Tendo em vista
ser mais apropriado estudá-los separados dos outros livros, não trataremos
deles aqui (veja as suas respectivas introduções).
A história deuteronômica é assim chamada porque Deuteronômio
introduz a compilação. Embora as obras dessa história tenham sido escritas por
autores diferentes (veja a introdução a cada um dos livros), tudo indica que a
coleção foi editada de modo a formar uma unidade pouco depois de 562 a.C., a data
mais recente de Reis. Essa obra editorial tratou de uma crise de fé entre os
exilados de Judá que, na época, estavam vivendo no cativeiro babilônico sob o
domínio de Nabucodonosor. Eles tinham a impressão de que Yaohu havia se
esquecido das promessas que havia feito de uma terra eterna para Israel e um
trono permanente para Davi e seus descendentes.
A compilação posterior – Crônicas, Esdras e Neemias – foi
organizada como uma unidade para o povo de Judá que havia sido restaurado à
Terra Prometida depois do exílio na Babilônia. Embora estivessem de volta na
terra e de a linhagem de Davi ter sobrevivido, Judá era então apenas uma das
muitas províncias do império persa. Esses livros ofereceram esperança e
orientações práticas para essa comunidade de ex-cativos desanimados.
As duas compilações contêm relatos históricos verídicos
escritos por autores inspirados e finalizados subseqüentemente por editores
inspirados. Nem os autores nem os editores criaram os acontecimentos relatados
nesses livros. Eles citam às fontes (Js 10,13; 1Rs 11,41; 2Rs 16,19; 1Cr 4,22;
5,17; 2Cr 9,29; Ed 6,1.2) e seguem uma ordem cronológica rigorosa. Ao mesmo
tempo, fica evidente que os livros e as compilações foram escritos e
organizados com propósitos teológicos, e não apenas para preservar um registro
histórico.



A história deuteronômica
(Josué, Juízes, Samuel e Reis)

Unidade literária. A junção de Josué com Deuteronômio é
especialmente convincente. As promessas e exortações de YHWH no início de Josué
(1,1-9), por exemplo, consistem inteiramente de expressões dos discursos de
Moisés em Deuteronômio, Js 1,2 corresponde a Dt 10,13; Js 1,3-5a é
praticamente uma citação de Dt 11,23-25; Js 1,5b -7a e 9 repete, em grande
parte, Dt 31,6-8 e 23; Js 1,7b-8 faz lembrar uma série de textos em
Deuteronômio que identificam esse livro como “Livro da Lei” e enfatizam a
importância da meditação e da obediência (Dt 5,32-33; 17,18-19; 30,10).
Juízes também possuí ligações com Josué. Depois da
introdução de Juízes (1,2 – 2, 5), o corpo do livro (2,6 – 16,31) é apresentado
com uma referência a Josué (Jz 2,6-10). Além disso, todos os episódios e seções
de Juízes empregam repetições verbais, paralelos históricos e citações de
Josué.
Samuel, por sua vez, é relacionado a Juízes, um livro que
prepara o seu público para a instituição da monarquia davídica levantando a
questão da liderança apropriada e afirmando energicamente que Yaohu escolheu
Judá, e não Benjamim, para liderar a sua nação. Samuel registra o fracasso da
monarquia benjamita representada por Saul e a instituição bem-sucedida da
monarquia judaica, representada por Davi. Até mesmo o refrão de Juízes –
“naqueles dias, não havia rei em Israel” – pode ser aplicado aos primeiros
capítulos de 1 Samuel antes do reinado de Saul. Por fim, a síntese que Samuel
faz da história dos juízes (lSm 12,9-11) parece uma aplicação da síntese do
editor dessa mesma história (Jz 2,6-19).
Reis é estreitamente relacionado a Samuel e alguns
estudiosos acreditam que haja uma fonte comum por trás da passagem que se estende
de 2Sm 9 – 20 a 1Rs 2. Nesses capítulos, pode-se observar uma narrativa que
discorre, entre outros assuntos, sobre a sucessão do trono de Davi, começando
com o nascimento de Salomão e culminando com a sua coroação.
Unidade temática. A fim de tratar da crise de fé dos
exilados, vários temas enfatizados em Deuteronômio aparecem ao longo do
restante da história deuteronômica.
Em primeiro lugar, Deuteronômio lança um alicerce firme para
ofício profético e apresenta o teste do verdadeiro profeta, ou seja, o
cumprimento de suas palavras (Dt 18,14-22). O ofício específico de profeta é
instituído em 1Sm 9. Como foi observado acima, a tradição judaica se
impressionou de tal modo com o papel dos profetas na história deuteronômica que
a chamou de Profetas Anteriores. Além disso, os livros dessa história
são ligados por vários elementos proféticos. Por exemplo, a profecia de Josué
segundo a qual quem tentasse reconstruir a cidade de Jericó perderia o seu
primogênito (Js 6,26) é cumprida em 1Rs 16,34. Salomão interpreta o seu reinado
e a construção do templo (1Rs 8,20) como cumprimento das promessas de YHWH a
Davi (2Sm 7,12-13). Reis reafirma para os exilados a veracidade das palavras
proféticas de que Yaohu daria ao seu povo uma terra e um trono eternos.
Em segundo lugar, o conceito de “aliança”, tão importante em
Deuteronômio, também norteia toda essa história. Do lado divino, o enfoque é
sobre a promessa. Yaohu jurou aos patriarcas e seus descendentes que seria o
seu Deus – Yaohu e jamais os abandonaria (Dt 4,31; 29,12-13; Js 1,6; Jz 2,1;
2Rs 13,23). Em seu amor inescrutável, Yaohu escolheu Israel e assumiu o
compromisso de lhes dar a terra que havia prometido aos patriarcas. Essa
promessa, repetida cerca de trinta vezes em Deuteronômio (p. ex., Dt 1,8;
34,4), é lembrada no restante da história (p. ex., Js 1,2; 24,13; Jz 1,2; 1Rs
4,21; 8,34). Do lado humano, o enfoque é sobre a confiança e a obediência. O
relato histórico declara repetidamente que a posse da terra depende da
fidelidade de Israel à aliança. As promessas de Yaohu e as obrigações de Israel
fazem parte dos sermões de heróis como Moisés (Dt 1 – 4; 5 – 11; 27 – 28),
Josué (Js 24,1-27). Samuel (1Sm 12) e Davi (1Rs 2,1-4). YHWH anuncia claramente
a Salomão as condições para o seu reinado (1Rs 9,1-9).
As obrigações de Israel se concentram nas duas
prescrições iniciais dos Dez Mandamentos: Não adorar a outros deuses e não
fazer ídolos para si. Ou, na linguagem desse relato histórico, “amar”. “temer”
a YHWH, “andar perante” ele ou “segui-lo” e “não esquece-lo” (Dt 6,5; Js 1,7-8;
24,14-15; Jz 2,6-10; 1Sm 12,20.24; 1Rs 2,4; 3,6; 8,23-25; 11,4-5). Essa
ordem é, fundamentalmente, uma questão de fé, e não de obediência
rigorosa a um código externo. Por exemplo, as prescrições específicas,
como a ordem para adorar apenas em Jerusalém, não visavam alimentar um
legalismo burocrático, mas evitar a tentação da idolatria. Essa história se
preocupa mais com a fidelidade a Yaohu do que com as prescrições individuais. A
desobediência a essas prescrições indicava um problema mais amplo, ou seja, a
infidelidade a Yaohu. O relacionamento era constituído da eleição de Israel por
Yaohu e dois atos salvíficos da graça divina em favor do seu povo. A
confiança em Yaohu era proveniente da ligação que Yaohu já havia estabelecido
com Israel Js 1 mostra essa ligação. YHWH havia assumido um compromisso com
Israel e lhe entregado a terra para que os israelitas se apropriassem dela.
Para isso, precisavam apenas confiar nele (Js 1,1-9). Por outro lado, se
não confiassem em Yaohu e se desobedecessem ao mandamento de amá-lo e não
adorar outros deuses seriam considerados culpados e sofreriam o julgamento (Dt
28; Js 24,19-20; Jz 2,10-15; 1Sm 12,5-15; 2Rs 17,7-20). A pergunta-chave
levantada pelos exilados na Babilônia é articulada em Dt 29,24 e 1Rs 9,8: “Por
que precedeu YHWH assim com esta terra e esta casa?”. Esse relato histórico
responde de modo inequívoco: “Não foi Yaohu que falhou, mas sim,
Israel”. Mas, ainda, as promessas de Yaohu são eternas (Dt
30,1-9; Jz 2,1; 1Sm 12,22; 2Sm 7,16).
Em terceiro lugar, Deuteronômio também lança um alicerce
firme para a monarquia e suas prescrições (Dt 17,14-20). Apesar da infidelidade
do povo, Yaohu misericordioso e fiel de Israel é uma fonte inesgotável de
bênção (Dt 9,4-6). Apesar do pecado de Israel, Yaohu compassivo toma nova
iniciativa e levanta líderes em tempos de crise: Josué, os juízes, Saul e
por fim, a casa de Davi. Sua aliança com a casa de Davi, como todas as
alianças com Israel, representa inevitavelmente um avanço do reino de Yaohu,
mas estabelece condições que regulam a participação nesse reino. Yaohu
continuará a levantar um “filho” da casa de Davi, mas disciplinará os
infiéis (2Sm 7,14-16). A história termina com Joaquim, um dos reis infiéis,
no exílio, não obstante, ele é elevado a um lugar de honra entre os reis
cativos da Babilônia. Essa pequena chama de esperança não se apagará, mas se
tornará cada vez mais reluzente até a vinda do mais exaltado Filho de
Davi, o verdadeiro Filho de Yaohu – Cristo.
Por fim, nesse relato o histórico, o tema do arrependimento
se baseia nas promessas eternas de Yaohu (Dt 4,29-31; Js 7; Jz 2,18; 2Sm 12,13;
1Rs 8,46-51). A esperança de alívio do julgamento e até mesmo de volta às
bênçãos de Yaohu uma vez que o julgamento do exílio tivesse ocorrido, é uma
expressão de arrependimento (Dt 30,1-10; 1Rs 8,58). Assim, João Batista e
Cristo ofereceram o reino de Yaohu a todos que se arrependessem (Mt 3,2; 4,17;
Mc 1,15).



A história cronística
(Crônicas, Esdras e Neemias)

Como observado na introdução a Esdras, Esdras-Neemias
era, originalmente, um só livro. Crônicas e Esdras-Neemias são ligados como
conjunto literário pelo uso da conclusão de Crônicas na introdução de
Esdras-Neemias (2Cr 36,22-23; Ed 1,1-3). Além disso, as duas obras apresentam
os mesmos interesses religiosos e ideologia. Descrevem, por exemplo, os
preparativos para a construção do primeiro e do segundo templo de modos
paralelos (1Cr 22,2.4.15; 2Cr 2,9.15-16; Ed 3,7), mostrando que ambos foram
edificados com recursos doados por chefes de famílias antigas (1Cr 26,26; Ed
2,68). Os dois livros demonstram grande interesse pelos utensílios sagrados
(1Cr 28,13-19; 2Cr 5,1; Ed 1,7; 7,19; 8,25-30.33-34); e apresentam a ordem dos
sacrifícios (2Cr 2,4; 8,13; Ed 3,4-6) e a enumeração dos elementos sacrificais
(1Cr 29,21; 2Cr 29,21.32; Ed 6,9.17; 7,17.22; 8,35-36) de maneiras praticamente
idênticas. Assim como a história deuteronômica é constituída de livros
distintos, organizados de modo a formarem uma só história, esse relato
histórico pós-exílio também é formado pela união de obras díspares.
Esse conjunto posterior de obras abrange boa parte do
conteúdo da história deuteronômica, mas continua além do ponto em que esta
termina de modo a incluir a constituição de Israel depois do exílio. Enquanto o
primeiro conjunto é baseado principalmente em Deuteronômio, essa história se
baseia em todo o Pentateuco, voltando até Adão. No entanto, o seu eixo central
é a história de Israel no período entre o primeiro e o segundo templo, sendo
que este último é prenunciado nos últimos versículos de Crônicas e descrito em
detalhes em Ed 1 – 6.
Crônicas, Esdras e Neemias foram escritos para encorajar os
ex-cativos desanimados depois do exílio. Esses livros lembram o povo de sua
herança gloriosa na dinastia davídica e no templo. A História ensinou àqueles
que voltaram do exílio que deviam guardar a aliança e se arrepender dos seus
pecados (2Cr 7,14). Não obstante, não se concentrou no fracasso; antes, mostrou
a grandeza da dinastia de Davi e a glória do templo. Davi é retratado como fundador
do programa litúrgico de Israel, e os reis que restauraram a liturgia depois de
períodos sombrios de desordem e negligência recebem destaque: Ezequias depois
de Acaz e Josias depois de Manassés e Amom servem de modelos para os judeus que
sobreviveram ao caos do exílio na Babilônia. Seguindo essas ênfases, o Novo
Testamento apresenta Cristo como herdeiro legítimo e perfeito da aliança de
Davi (Mt 1,1; 22,42; Lc 1,31-33) e Aquele em quem o templo é cumprido (Jo
2,19-22; Ap 21,22). §. (Complemento).

§ VIDE OBS. NAS PÁGINAS: 300 à 306.



§
“SOBE A PALAVRA” {CRISTO} – VEJA O TERMO CORRETO NAS PÁGINAS DE Nº 174,
175 DE ISAÍAS. [CHRISTÓS – “O UNGIDO”]. Anselmo Estevan.
Veja, também, nas páginas: 205 – 207 – O TERMO CRISTÃO,
E O TERMO REMANESCENTE – ACOMPANHADO DE “DANIEL” E “OSEIAS”...!!!

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