PAI E FILHO COMPARTILHAM O MESMO NOME:

PAI E FILHO COMPARTILHAM O MESMO NOME:
"NÃO HÁ SALVAÇÃO EM NINGUÉM MAIS!".

sexta-feira, 2 de março de 2012

HAVAKUK

INTRODUÇÃO
AO LIVRO DE:


HABACUQUE



INTRODUÇÃO



Visão
geral
Autor: O profeta Habacuque.
Propósito:
Guiar Israel em direção à fé em Yaohu durante as provações da conquista e do
exílio babilônico ao exibir o empenho e a determinação pessoal do profeta.
Data:
605-600 a.C.
Verdades
fundamentais:
Yaohu
nunca tolerará o pecado grave entre o seu povo.
Yaohu
pode usar incrédulos perversos para castigar o seu povo.
Os
fiéis deveriam reconhecer honestamente perante Yaohu as várias dificuldades que
enfrentam.
Os
fiéis deveriam aprender a confiar em Yaohu, mesmo quando as circunstâncias são
difíceis.


Propósito e características
Em muitos aspectos, Habacuque lembrava muito
o seu contemporâneo Jeremias, pois ele estava profundamente preocupado com a
desobediência do povo de Yaohu e com as dificuldades que, num período muito
breve, eles enfrentariam. A preocupação de Habacuque é mais demonstrada em
diálogos com Yaohu, bem como persistentes súplicas a ele (2,1-2; 3,2.16), do
que em pregação profética. O livro registra como o profeta mudou da profunda
aflição e dúvida para a crença e a esperança por meio da oração a Yaohu.



CHRISTÓS, “O UNGIDO”
–, EM HABACUQUE.
(Yaohushua):

Quando
Paulo, em sua carta aos romanos, procurou por um texto adequado para basear o
seu entendimento do evangelho, ele escolheu Hc 2,4 na Septuaginta, a tradução grega do Antigo Testamento (Rm 1,17; cf. Gl 3,11; Hb 10,37-38). Assim como Habacuque (cap. 1), Paulo estava convencido de que a
maldade e o pecado são incompatíveis com a santidade de Yaohu e isso só pode
ser resolvido por meio de intervenção divina. A palavra profética de Habacuque
(cap. 2) revela em princípio o meio pelo qual Yaohu irá finalmente lidar, por
meio de O UNGIDO, com a incompatibilidade entre pecado e
santidade. A cruz de O UNGIDO e o julgamento final em seu retorno são
cumprimentos dessa revelação. Paulo, como Habacuque, afirmou que a
verdadeira vida só é possível numa relação de total dependência do ETERNO. Essa dependência, baseada na fidelidade de nosso Yaohu, transforma a nossa existência neste mundo, enchendo a nossa vida de
alegria e esperança na expectativa do cumprimento final de todas as suas
promessas (cap. 3; cf. 2,3). Dessa maneira, Habacuque pode ser chamado de bisavô
da Reforma. Os conceitos principais de sua pregação, assumidos por Paulo,
influenciaram profundamente homens como Lutero e Calvino e se
tornaram divisas-chave na fé da Reforma. Apenas a fé – a confiança
perseverante e obediente no Yaohu de Habacuque, o Deus e Pai de nosso ETERNO Yaohushua O UNGIDO – fornece a chave para a existência significativa no mundo durante este
período entre a primeira vinda de O
UNGIDO e o seu retorno.
[“Não
há nenhuma salvação, a não ser nele; pois não há sob o céu nenhum outro nome
oferecido aos homens, que seja necessário à nossa salvação At 4,12”]. Por isso
é importante saber o seu verdadeiro nome. Anselmo Estevan.



HABACUQUE: O livro. O texto. O texto hebraico dos três capítulos do livro de Habacuc apresenta
numerosas dificuldades, que estão longe de ser resolvidas. As leituras
propostas pelas versões antigas são muitas vezes variantes, mas sempre
interessantes. Entre os manuscritos da Comunidade de Qumran descobertos nas
grutas do Deserto de Judá (os “manuscritos do mar Morto”), figura um Comentário
de Habacuc que resistiu – e confirma – mais ou menos integralmente o texto dos
dois primeiros capítulos. É, de longe, o mais antigo testemunho do texto
hebraico, copiado, ao que se julga, antes do início de nossa era. As poucas
diferenças entre o texto do Comentário e o texto hebraico comumente aceito
estão assinaladas nas notas.
Ler
hoje a profecia de Habacuc é entrar num texto de várias vozes: a voz do próprio
profeta pode ser escutada de diversas maneiras; além disto, seu som se articula
sobre um fundo de variações expressas pelas versões e outros ecos da
repercussão que este livrete conheceu.
O
plano. Após o título (1,1), a proclamação se compõe de dois apelos do profeta
dirigidos a seu Deus Yaohu (1,2-4 e 12-17). A estes apelos correspondem duas
respostas: a primeira (1,5-11) é uma visão, a da avançada, irresistível
de um exército de conquistadores, os caldeus; a segunda (2,2-19), que também se
intitula “visão” (2,2), começa por um oráculo (2,2-4), que é o centro do
livro, pois deve ser gravado
“em tábuas” (2,2). Ela continua por
cinco estrofes começando por Ai! Proferidas contra um inimigo (2,6b-19). Dois
textos de transição mostram, o primeiro, o profeta como sentinela (2,1), o
segundo, o inimigo que o profeta vai apostrofar por cinco vezes (2,5-6a).
Outro versículo de transição (2,20) anuncia o Salmo do capítulo 3, que descreve
a intervenção de Yaohu, e conclui com um louvor.


As circunstâncias do profeta. A história. A menção aos caldeus (1,6) leva a
situar a proclamação de Habacuc na época em que os neobabilônios,
desarticulando o império assírio, começam, com êxito, a impor seu domínio ao
Oriente Médio, em fins do séc. VIII a.C. O profeta descreve e interpreta este
acontecimento histórico, tão prenhe de conseqüências para o reino de Judá:
campanhas militares de 610 a 600, invasão de Judá, assédios de Jerusalém, deportações
(2Rs 23 – 25).
Quanto
às circunstâncias precisas que acompanharam a redação e composição do livro, os
comentadores se dividem entre várias perspectivas:
-
Cada parte do livro corresponderia a uma etapa da conquista caldéia; com isto,
a composição do livro se teria estendido no tempo; a importância atribuída a
esta extensão temporal do processo de composição varia conforme os autores.
-
A forma dialogada dos dois primeiros capítulos e a forma de hino do cap. 3
seriam indícios da natureza litúrgica destes poemas. Teriam estado no centro de
celebrações cultuais. Não se consegue saber se se trata de uma profecia, que
teria recebido uma forma litúrgica, ou de uma criação litúrgica original,
apresentada como profecia. Apesar desta incerteza, o leitor atento a este
aspecto do livro poderá percorre-lo sentindo o intenso fervor coletivo que
animou o diálogo dos caps. 1 – 2 e o Salmo do cap. 3, no momento dos fatos
vislumbrados por trás do texto e durante os perturbados anos que se seguiram.
A
personalidade do profeta. As pesquisas sobre a pessoa de Habacuc continuam sem
resultado apreciável. Muitas vezes se interpreta seu nome como o de uma
planta de jardim. Nem o seu livro, nem os outros livros canônicos da Bíblia
hebraica dizem algo de explícito sobre a vida ou a personalidade do profeta. Em
compensação, depois da difusão do livro que traz seu nome, Habacuc entra na
legenda e Dn 14,33-39 lhe dá um papel numa cena que reedita a de Daniel na cova
dos leões.
O
homem presunçoso (2,5). É possível que a proclamação de Habacuc tenha visado a
duplo feixe de circunstâncias: é evidente que o profeta ataca os caldeus,
inimigo exterior, principalmente na pessoa de seu soberano, impiedoso e
insaciável em suas conquistas; paralelamente, percebem-se, em algumas interpelações
do capítulo 2, a crítica a outro personagem: o rei de Judá – certamente Joaquim
–, que, no interior do reino, seria culpado de injustiça pelo menos tão grande,
do ponto de vista do profeta, quanto aquela que cabe ao inimigo caldeu.
Compara-se 2,6-12 com Jr 22,13-19.
Mensagem e interpretação. Quando as circunstâncias nacionais e
internacionais põem em xeque os próprios fundamentos das relações entre Yaohu e
seu povo, surge um drama na comunidade dos fiéis. O testemunho da profecia de
Habacuc é, em primeiro lugar, o do fiel. Embora – ou porque – desamparado, o
fiel recorre a Yaohu contra o próprio Yaohu cuja ação na história se tornou
incompreensível. A resposta é dada naquilo que propõe a palavra-chave
fidelidade (2,4). À fidelidade, fundamento e justificação da vida do crente, é
concebida a visão da fidelidade de Yaohu, bem real apesar das aparências. Para
isto chamam a atenção às notas desta edição: o Salmo do cap. 3 é formado por
uma textura de expressões a lembrar que Yaohu de Israel deu, se assim se pode
dizer, provas seguras de sua fidelidade no passado. Ora, é este Deus que vem
(3,3); daí a firmeza de conclusão: O ETERNO é meu ETERNO, ele é minha força.
No
decurso da história, recorreu-se ao livro de Habacuc para encontrar uma visão
dessa ordem em períodos difíceis. A comunidade de Qumran interpreta-o como
iluminação decisiva dos tumultuosos acontecimentos que ela testemunhou.
Igualmente a primeira comunidade cristã a ele recorreu, para definir a
situação do cristão, (hoje, “os Remanescentes”). Anselmo Estevan., em
relação ao Deus – Yaohu de Yaohushua O UNGIDO. As citações de Hc 2,4 pelas
epístolas do NT (Rm 4,17; Gl 3,11; Hb 10,38) ampliam a significação do termo
central, fidelidade, para incluir a fé, tal qual concebida pelos autores cristãos
(cf. Rm 10,9 nota). Implicação que se acha na maioria dos escritos dos Pais da
Igreja que se referem a este versículo de Habacuc. Sabe-se também que esse tema
é como que gravado em exergo na obra inicial de Lutero, o Comentário à Epístola
aos Romanos.
Esta
interpretação provavelmente se espalhou junto com o cristianismo; por
este motivo, a partir do séc. II de nossa era, os comentadores judaicos
procuram minimizar o alcance da afirmação chave: um justo vive por sua
fidelidade; ou lêem:... sua alma não é reta nele e um justo não viverá por sua
fidelidade (por sua fé só), estendendo a negação do primeiro membro da frase ao
segundo; ou consideram a frase como a expressão de uma saída concebida de mau
grado a fiéis de piedade arrefecida: àqueles para os quais o jugo da Torá é
pesado demais e que não conseguem cumprir suas 613 prescrições, concede-se assumir apenas uma dentre elas,
a mais fácil: afirmação da fé monoteísta, um mínimo.

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